Veja quem votou pela Emenda 3, contra o trabalhador
Monise Rezende

Nesta eleição, vote em quem tem compromisso.

A Emenda 3 ao PL 6.272/2005 (Super-Receita) previa a retirada de direitos dos trabalhadores, acabando com férias, 13° salário, licença-maternidade, FGTS, entre outros. Nestas eleições é importante conhecermos os candidatos e votarmos em quem tem compromisso com os interesses da classe trabalhadora.

O trabalhador foi vencido no Câmara. Em fevereiro de 2007, 304 deputados votaram a favor da emenda, ou seja, contra o trabalhador. Somente 146 votaram pela exclusão da emenda, que só não está em vigor porque foi vetada pelo presidente da República ao sancionar o projeto.

O movimento sindical e diversos setores organizados da sociedade travaram uma feroz luta pela veto à Emenda 3. Na Câmara, um grupo de parlamentares, liderados pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), reuniu-se para defender o veto à emenda 3.

Emenda - A Emenda 3 obriga o trabalhador a constituir empresa e se transformar em prestador de serviço para manter o recebimento do salário. Estabelece, ainda, a necessidade de decisão judicial para a autoridade fiscal considerar existente a relação de trabalho entre empresas contratantes e empresas de uma pessoa só. A emenda traz graves conseqüências para as relações de trabalho e os cofres públicos, porque impede o fiscal do Trabalho de fiscalizar, mesmo as situações fraudulentas, na medida em que essa atribuição deixaria de ser de sua competência e passaria a ser de responsabilidade exclusiva da Justiça do Trabalho. A Justiça do Trabalho, por sua vez, só age sob provocação e como o fiscal não pode provocá-la, apenas o prejudicado, o ex-empregado, e agora prestador de serviço, jamais irá questioná-la na Justiça, porque, ao buscar o acessório, corre o risco de perder o principal - o trabalho.

A transferência dessa atribuição para a Justiça do Trabalho significaria, na prática, a legalização da fraude, porque, além de o trabalhador não querer ou poder reclamar, para não perder o seu ganha pão, a Justiça do Trabalho não teria pessoal nem magistrados para atender a essa nova atribuição. Se atualmente ela leva em média dez anos para decidir um processo, imagine se tiver que aumentar ainda mais sua carga de trabalho. Impõe-se, assim, a manutenção do veto pelo Congresso, sob pena de agressão aos direitos dos trabalhadores e aos cofres públicos, bem como encontrar uma solução que resolva o problema de natureza tributária.

Veja como foi a votação dos deputados do Rio Grande do Sul:

Adão Pretto

Não

Afonso Hamm

Beto Albuquerque

Não

Cezar Schirmer

PMDB

Claudio Diaz

PSDB

Darcísio Perondi

PMDB

Dr. Basegio

Não

Germano Bonow

Henrique Fontana

Não

José Otávio Germano

Júlio Redecker

PSDB

Luis Carlos Heinze

Luiz Carlos Busato

Marco Maia

Não

Maria do Rosário

Não

Onyx Lorenzoni

Paulo Roberto

Pepe Vargas

Não

Professor Ruy Pauletti

PSDB

Renato Molling

Sérgio Moraes

Tarcísio Zimmermann

Não

Vieira da Cunha

Não

Vilson Covatti

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