Sindec luta pelos comerciários demitidos pela Paquetá
por Régis Araújo | Sindicato segue acompanhando a situação e prestando assistência jurídica à categoria.
Desde o dia 3 de abril, quando a Paquetá anunciou uma série de demissões tendo como justificativa a crise causada pela pandemia da Covid-19, o Sindec-POA começou a acompanhar os trabalhadores que estão enfrentando entraves por parte da empresa que está dificultando o recebimento das verbas rescisórias.
A informação é de que 1500 trabalhadores foram demitidos em toda a região, sendo 128 da base do Sindec-POA. Ao longo da semana o sindicato participou de audiências, via videoconferência, com o Ministério Público do Trabalho e também acompanhou os trabalhadores junto ao escritório central do grupo, em Canoas. Na manhã da última sexta-feira (24) também ocorreu uma manifestação organizada pelos comerciários. Com o apoio do Sindec, em protesto à postura da empresa, eles se juntaram em frente à loja nº 33, na Esquina Democrática, para reivindicar seus direitos.
O descaso da empresa tem gerado danos psicológicos e financeiros à categoria. A situação já estava complicada devido o clima de incerteza com as atividades suspensas em razão da quarentena, e agora se agrava com essas demissões sem que os trabalhadores tenham recebido imediatamente o que é deles por direito. Seguimos acompanhando a situação de perto e prestando a assistência jurídica necessária aos comerciários que podem contar com o Sindec para não ficarem desamparados nesse momento", ressalta o Presidente Nilton Neco.
Conforme o diretor da Fiscalização, João Vilmar, entre as reclamações dos comerciários estão:
supressão do aviso prévio indenizado;
multa pelo atraso do pagamento das verbas rescisórias;
não cumprimento do pagamento das parcelas;
termos de rescisão de contrato de trabalho com preenchimento errado, dificultando saque junto à Caixa Federal;
desconto de horas negativas e
a não liberação das chaves para saque do FGTS.
Também na manhã de sexta-feira, em mais uma audiência de conciliação por videoconferência com mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região e participação do Presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, Diretor João Vilmar e Advogado Lucas da Silva Barbosa, depois de longo debate, ficou acordado que a empresa vai efetuar o pagamento das verbas rescisórias em parcelas mensais de R$ 1.000,00. A partir da quarta parcela o valor será de R$ 1.200,00 até atingir o montante total das verbas devidas. Atingindo o valor, será acrescida uma última parcela correspondente à variação do IPCA-E a partir de 01/04/2020 até o pagamento da última parcela. O inadimplemento de uma parcela acarretará o vencimento antecipado das demais.
O Sindec agora irá apresentar a proposta aos trabalhadores que irão decidir sobre a mesma no prazo de 15 dias. Importante ressaltar que qualquer documento assinado anteriormente pelos trabalhadores, não tem mais validade, portanto o sindicato segue prestando a assistência jurídica necessária para evitar prejuízos aos comerciários.
Ataques aos sindicatos são sempre inerentes à economia de mercado. É importante destacar que eles são mais intensos nos momentos de avanço do liberalismo e do neoliberalismo – pós-década de 1970 – impulsionados pela direita ou extrema direita, o que mostra a dimensão política desse movimento. Na história do Brasil, esse movimento se repetiu algumas vezes:
O Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre – Sindec-POA vem a público esclarecer informações equivocadas que têm circulado acerca do recente julgamento dos segundos embargos de declaração do Tema 935 do Supremo Tribunal Federal, concluído em 25/11/2025.
Após as enchentes que reduziram linhas e horários de ônibus, comerciários de Porto Alegre enfrentam ainda mais dificuldades para voltar para casa, sobretudo no fim de ano. O sindicato lançou um abaixo-assinado pedindo reforço no transporte público.
A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (4), o projeto de Lei (PL) 3935/2008 que aumenta de maneira gradual a licença paternidade até 20 dias.
Em celebração ao Dia do Comerciário, o SINDEC Porto Alegre lança uma nova campanha institucional que traduz o sentimento e a luta da categoria: “Mais tempo para viver. Mais força para trabalhar.”
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