Suprema Corte dos EUA analisa processo contra Walmart por discriminação sexual
Jousi Quevedo

Justiça americana começará a ouvir os argumentos para decidir se leva adiante a ação movida por seis mulheres.

A Suprema Corte dos Estados Unidos começa nesta terça-feira a ouvir os argumentos para decidir se leva adiante o que pode se transformar na maior ação coletiva por discriminação sexual da história americana, movida contra o Walmart, a maior rede varejista do mundo.

A ação é movida por um grupo de seis mulheres que alega ter recebido menos salários e promoções do que colegas do sexo masculino por conta de seu gênero. Seu objetivo é incluir no processo mais de 1 milhão de funcionárias ou ex-funcionárias da rede desde 1988, que teriam sofrido a mesma discriminação.

O Walmart nega as alegações. A rede afirma ter há anos regras rígidas contra discriminação, que garantem a suas funcionárias do sexo feminino promoções e bons salários.

A rede diz ainda que transformar o caso em uma ação coletiva acabaria incluindo funcionárias ou ex-funcionárias que não têm qualquer reclamação sobre a empresa.

Processo

No entanto, as seis mulheres que iniciaram o processo afirmam que as práticas discriminatórias ocorrem em toda a rede Walmart e querem receber pagamentos e indenizações por danos.

A ação foi iniciada em 2001 pelo grupo de seis mulheres, que afirmavam receber salários menores que funcionários do sexo masculino para exercer a mesma função.

O argumento do grupo para transformar o caso em uma ação de classe é o de que a rede teria sistematicamente discriminado funcionárias mulheres em suas lojas espalhadas pelos Estados Unidos. O grupo já recebeu autorização da Justiça em duas instâncias anteriores para levar adiante a ação coletiva. Caso a Suprema Corte (mais alta instância da Justiça americana) também decida que o processo deve seguir, a ação deverá custar bilhões de dólares à rede Walmart e pode provocar danos à sua imagem.

Segundo especialistas, o caso também deverá se tornar um marco na história legal americana.

Informações da BBC Brasil.

Voltar pro topo