Seminário discute prevenção e segurança no trabalho
Monise Rezende

Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho.

Hoje, 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTE) promoveu o seminário “Riscos emergentes e novos modelos de prevenção em um mundo do trabalho em mutação”, com apoio da Força Sindical. O presidente da Central, Clàudio Janta, abriu o evento, alertando para a importância da exigência do uso de materiais de proteção para evitar os acidentes de trabalho. “Hoje o movimento sindical tem descoberto uma foma mais fácil de chegar aos trabalhadores, através dos departamentos de segurança e saúde nos sindicatos, como forma de prevenção”, disse Janta.

Janta falou ainda sobre a falta de capacitação do trabalhador, impedido de ser contratado para preencher vagas existentes no mercado de trabalho. “Hoje estamos enfrentando uma doença mental, que é a do trabalhador quando se sente ameaçado em perder o emprego por falta de qualificação”, afirmou.

Desde 2003 a Organização Internacional do Trabalho (OIT) celebra o dia, fazendo uma campanha anual para preservar o trabalhador. A data também serve ao movimento sindical prestar homenagem às vítimas de acidente de trabalho.

Segundo a SRTE, o Rio Grande do Sul apresentou mais de 35 mil acidentes típicos, uma evolução de 12% em relação a 1996. Para o auditor fiscal do Trabalho da SRTE Marco Antônio Ballejo Canto, o aumento se deve porque cresceu também a população de trabalhador, em 46%, e porque, a partir de 2007, o levantamento ganhou outro critério, acrescentando o acidente sem CAT (Comunicação de Acidente Registrado).

Os acidentes de trajeto subiram de 3 mil a 6 mil, de 2006 a 2008. E as doenças ocupacionais caíram para cerca de 1.500 em 2008.

Segundo a diretora do Sindec e da Força Sindical Cídia dos Santos, que abriu o Painel 2 “Segurança e saúde sob a ótica dos trabalhadores”, a estatística oficial não revela a realidade, porque em muitas empresas não há o preenchimento da CAT. “O papel da Força Sindical é preencher esses documentos dentro dos seus sindicatos, porque as empresas estão negando isso”, disse.

Cídia alertou também para a falta de prevenção dentro das empresas, onde muitos trabalhadores não usam equipamentos de proteção individual, e para o excesso de carga horária, que origina doenças e desgaste físico e emocional.

O evento teve a participação do diretor do Sindec Paulo Chavaré, que coordenou a mesa do Painel 4, e representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Fundacentro, CUT, Sesi e Fiergs.

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