Qualificação profissional e políticas públicas para as mulheres encerrou o Seminário da Semana da Mulher
Renata Germano

Semana da Mulher.

O ciclo de palestras da Semana da Mulher da Força Sindical RS encerrou nesta sexta-feira, dia 12 e teve como tema, “Qualificação profissional e políticas públicas para as mulheres”. Os palestrantes da noite foram: Angela Cristina Kravczyk, coordenadora do Gabinete de Políticas Públicas para as Mulheres, Elizabeth Costa, diretora Nacional da Mulher do Sindinapi e executiva da Força Nacional e Gelson Santana, diretor de Relações Sindicais da Nova Central. O seminário foi mediado pelo presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta.

Abrindo a noite, o sindicalista e diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre, Gelson Santana, destacou que a qualificação profissional na categoria é primordial para o crescimento, melhora de salário e  novos postos de trabalho. “A construção civil é uma das responsáveis pelo o desenvolvimento do país e pela vida das pessoas, pois construímos prédios residenciais e somos responsáveis pelas maiores construções e maravilhas do mundo”, disse. Santana lembrou ainda, que a inserção das mulheres na categoria tem sido cada vez maior.

Elizabeth Costa lembrou que enquanto as políticas públicas para as mulheres não se tornar realidade, não haverá mudanças na discriminação. “As mulheres precisam de políticas para a saúde, educação e principalmente qualificação profissional, se isso não acontecer não vamos para frente”, finalizou.

Angela Cristina pautou sua explanação apresentando o Plano Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres e apresentando o Gabinete recém instituído pela Prefeitura de Porto Alegre. De acordo com ela, o setor busca garantir que as ações da prefeitura estejam de acordo com o compromisso com a equidade nas relações humanas e de gênero.

“Queremos dar condições de vida paras as mulheres, estimulando o combate aos mecanismos de subordinação e exclusão”, relatou. Angela informou ainda que, o Gabinete está atuando como escudo para enfrentar a desigualdade. “Nossa meta é garantir a universalidade das ações governamentais, trabalhando como instrumento transversal”, informou a coordenadora Angela Kravczyk.

Cláudio Janta aproveitou o tema do seminário e fez de sua fala um protesto quanto a crise, assim denominada pelo líder sindical, da falta de mão-de-obra qualificada. “A conscientização da sociedade pela qualificação é necessária. O comprometimento dos jovens em se atualizarem e se adequarem às exigências do mercado de trabalho também é importante”, disse. Segundo a central, cerca de 1,6 milhão de empregos deixaram de ser ocupados pelos nossos trabalhadores brasileiros por falta de mão-de-obra qualificada. “O Brasil precisa voltar suas atenções para a qualificação, já que até o final desta década será preciso treinar e capacitar cerca de 15 milhões de trabalhadores”, destacou o presidente da Central.

Janta questionou ainda: “para quem é a Copa do Mundo e qual o legado que ela vai deixar para o Brasil? Precisamos mostrar para o poder público que o legado da Copa é para os trabalhadores, é o investimento na qualificação profissional”, finalizou.

Voltar pro topo