Práticas antissindicais foi tema do último debate do Mundo do Trabalho
Renata Germano

Fórum Social Mundial.

O último debate “Mundo do Trabalho”, aconteceu durante toda a tarde de quinta-feira, 28 e abordou as praticas antissindicais. O encontro reuniu as seis centrais sindicais no teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa. Nilton Neco, secretário de Relações Internacional da Força Sindical, um dos debatedores da tarde, destacou a maturidade do movimento sindical ao se trabalhar de forma unida em prol de banir as praticas antisinticais.

Neco, citou o interdito proibitório contra os sindicatos e os assassinatos de dirigentes sindicais como os pontos mais graves da prática antisindical e também os Termos de Ajustamento de Conduta – TACs, emitidos pelo Ministério Público do Trabalho.

O secretário, de forma enfática, ressaltou que o movimento sindical quer diálogo e não confronto. “Temos que chamar de forma organizada o Judiciário e mostrar através da conversa que sabemos e podemos negociar e acabar com estas práticas que só enfraquecem o nosso trabalho”, finalizou.

Segundo Lilian Arruda, do DIEESE, as práticas antisindicais são aquelas que, direta ou indiretamente, cerceiam, desvirtuam ou impedem a legitima ação sindical em defesa e promoção dos interesses dos trabalhadores.

Representando o Ministério Público do Trabalho, Ricardo Pereira afirmou em seu discurso que o organismo não inimigo de classe, mas é parceiro. “Falta confiança na atuação do Ministério Público. Sua função é defender os interesses dos trabalhadores, e tanto o MPT quanto o movimento sindical têm sua existência garantida através de cláusula pétrea na Constituição”.

Pereira, ainda se manifestou contrário à contribuição sindical. “Este caráter obrigatório dá uma sensação de que o movimento sindical se sustenta com a mão do Estado. O fim da contribuição deveria ser uma bandeira dos sindicalistas”, finalizou.

Também participaram do Seminário as Centrais: Central Geral dos Trabalhadores Brasileiros – CGTB, Central dos Trabalhadores Brasileiros – CTB, Central Única dos Trabalhadores- CUT, Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST e União Geral dos Trabalhadores – UGT.

Estavam presentes ainda lideranças e dirigentes sindicais da América do Sul, Norte, Caribe e Europa.

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