Avaliação do seminário de formação e discussão de negociações são destaque na reunião da Fetracos
Jousi Quevedo

Pauta da reunião e deliberações foram aprovadas pelos participantes.

Reunida em Bento Gonçalves nesta sexta-feira, a diretoria da Fetracos deu os informes iniciais e demarcou o início do encontro bimensal com a pauta. Num primeiro momento, a renião aprovou a leitura da ata da última reunião em São Gabriel. Na pauta do encontro em Bento, a discussão da negociação das datas base e estratégia das campanhas salariais.

O presidente Clàudio Janta estimulou a todos que enviem material para no novo site www.fetracos.org.br. Também foi apresentada a agenda dos próximos eventos como a Conferência Internacional do Bioma Pampa, o Seminário Nacional da Força Sindical em Praia Grande e a avaliação do Seminário de Formação Política e Econômica da Fetracos. Janta informou que no dia 25 de novembro haverá outra edição do Força do Pensamento sobre Previdência, com três técnicos e advogados, além do convite ao senador Paulo Paim e um diretor da Previdência. "Queremos discutir o futuro da Previdência, para as pessoas entenderem como fazer para se aposentar e todos os processos. Então, dia 25/11, na sede da Força, enviem seus diretores", convidou.

Seminário de Formação

Na avaliação do Seminário de Formação Política e Econômica da Fetracos, os dirigentes fizeram um balanço muito positivo do evento. O presidente do Instituto Girassol, Marcelo Furtado, destacou a palestra do ex-ministro do Trabalho Rogério Magri, pela experiência sindicalista dele transmitida aos dirigentes. Ele sugeriu que os diretores de base participem dos seminários com pessoas qualificadas como foram os especialistas do seminário de formação.

O diretor do Sindec/Canoas Antenor Federizzi destacou a importância do seminári de formação. "Conseguimos uma bagagem incrível nestes dias e nós, que temos cargos na federação, propomos iniciativas como esta mais vezes. Temos pessoas no nosso grupo qualificadas que têm como nos trazer conhecimentos. Conhecemos o Magri há anos e não tínhamos esta noção do que ele poderia transmitir em poucas horas", destacou.

O tesoureiro do Sindec, Luis Carlos Barbosa, elogiou a postura dos técnicos do Dieese, que mesclam economia e política para capacitar os dirigentes sindicais.

Datas-base e negociações coletivas

As datas-base foram outro ponto debatido. Janta, em relação às campanhas salariais, colocou a mobilização imediata diante das questões cotidianas como uma das metas do movimento sindical. Para Janta, os acordos devem se dar por empresa. "Temos que sair das mesas patronais, temos força para sentar com os mercados, por exemplo, e propor uma convenção no final de semana, por empresa, até chegar nas grandes lojas", sugeriu.

Federizzi comentou maneiras de negociação, colocando a indignação como ingrediente de luta para que os comerciários se manifestem e protestem contra as injustiças. "A data-base está aí e estamos com um raio de ação menor para novembro, mas não é tarde", disse.

O vice-presidente da Fetracos, Dionísio Mazui, presidente do sindicato de Quaraí, contou que as grandes redes de supermercado estão cogitando criar um sindicato patronal de comerciantes locais em Livramento, porque o sindicato da categoria seguem a linha de grandes Hipers como o Big. "Se os empresários locais se organizarem poderemos abrir uma enseada nova de negociações", afirmou.

Cláudio Côrrea, do Sindec e Força Sindical-RS, mencionou episódios vitoriosos na base de Guaíba com liminares ganhas na Justiça para garantir acordos coletivos. Ele concordou com a ideia de realizar acordos por empresa. "Poderemos chegar a resultados que uma negociação geral não chega". Ele propôs uma grande mobilização no dia do comerciário. "Uma mobilização massiva, de uma bandeira importante, chamando a atenção da sociedade. Nossa categoria está retrocedendo em alguns pontos como o vale refeição, que são raros os locais em que fornecem", apontou.

O presidente do Sindec/Canoas, Antônio Fellini, ressaltou a negociação do dissídio e do trabalho domingo, cobrando uma articulação com outros sindecs.

Zé Luis, do Sec/Pelotas, relatou situações de negociação em sua base e afirmou que as reuniões servem para unir a diretoria pelos interesses do comerciário. "Temos que sair daqui com uma bandeira de luta, tendo que resgatar a bandeira contra o trabalho domingo", frisou. Ele disse que as lutas tem de ser enfocadas nos municípios.

Para Barbosa, do Sindec-POA, a PLR é uma bandeira mais importante para mobilizar os comerciários. "Isso mexe o trabalhador. Proponho uma campanha de PLR por empresa, prevendo ações e negociação", destacou.

Cledir, do Sindec-POA, informou que a bandeira contra os trabalho aos domingos é boa, porque concentra muitas reclamações dos comerciários.

Encaminhamentos

Janta sugeriu que se faça uma pesquisa para também definir mais claramente as reivindicações dos comerciários para serem trabalhadas numa campanha mais longa.

A sugestão de Federizzi de que se faça a assembleia de prestação de contas do exercício 2010-2011 na reunião foi aprovado e realizada nesta sexta-feira. As contas e o parecer foram aprovados por unanimidade.

Texto: Josemari Quevedo

Fotografias: Cíntia Rodrigues

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