Apresentação dos investimentos federais na Região Sul e desafios é tema do painel 2 do Seminário da Força Sul
por Jousi Quevedo | Segundo o palestrante, faltam projetos de desenvolvimento regional do sul visando recuperar sua participação no PIB nacional, enfrentar a concorrência estrangeira e atrair investimentos federais.
O segundo painel contou com a palestra de Luiz Alfredo Salomão, diretor da Escola de Políticas Públicas e Governo, sobre Investimentos do Governo Federal na Região Sul. O intuito da palestra é reforçar a capacidade de negociação em defesa dos trabalhadores. O palesttrante contextualizou os investimentos do governo, como os do PAC, informando os sindicalistas sobre o impacto destas mudanças e como podem se municiar de dados para agilizar as negociações. Assim, Salomão falou sobre desafios nacionais.
O valor total do PAC 2011-2014 congrega grande importância para o projeto Miinha Casa Minha Vida, com previsão de R$ 38 bilhões; Cidade Melhor, R$26,5 bilhões; Água e Luz para Todos, R$7,5 bilhões; Transportes, R$6,1 bilhõoes e Energia, R$7,7 bilhões. Conforme Salomão, alguns projetos ainda não deslancharam em face do risco de inflação e da crise mundial. "Isso deve ser cobrado da presidente", disse Salomão.
O RS foi o único estado que recebeu obras na área de energia com os investimentos recentes. Em transportes, está prevista a construção da BR 158-PR, entre outras no Oeste do Paraná. Em SC, a duplicação da BR 280 e BR 116. No RS, foi comentada a construção da 2ª ponte do Guaíba e a BR 448. "Esse conjunto é razoável, porque é uma região que já tem infra-estrutura, não sendo como o Nordeste", frisou.
Hidrovias, projetos de energia eólica e novas linhas de produção também foram citadas. Salomão destacou a necessidade do RS se inserir na exploração do pré-sal.
É fundamental a participação da classe trabalhadora na costura da implantação destes investimentos e na discussão das prioridades e desenvolvimento da região", sugeriu Salomão.
O crescimento demográfico da região Sul foi de 9,2% entre 2000 e 2010, diante de uma média nacional de 12%. "A região Sul decresceu ligeiramente", destacou.
Em destaque, o índice positivo do IDH do Paraná. Grande produção de grãos, com economia aberta e interligada ao comércio internacional, sendo a 5ª indústria mais forte do país, com destaque para a metal-mecânica, sucro-alcoooleiro, madeira-moveleira, automobilística, eletroeletrônica, plástico e borracha.
Em Santa Catarina, com sexto maior PIB do Brasil e 10º estado expoortador do país, sendo maior produtor de maçã e pescado. E tem uma pauta diversificada de exportação, sendo uma das maiores indústrias têxteis do mundo. É o maior produtor de compressores, motores, entre outros. O estado tem a melhor rede de eletrificação rural do país, com grande diversidade étnica e bastante focado na tecnologia.
O Rio Grande do Sul divide com o Paraná a liderança na produção de grãos. Tem baixo índice de mortalidade infantil, com expectativa de vida de 74 anos, e taxa de alfabetização de 94%. O Estado apresenta um quadro de crise econômica com o PIB caindo de 8% para 6,5% a participação no PIB nacional entre 1994 e 2000. Em termos industriais, 25% de sua renda provem deste setor. No RS, há um quadro grande de desigualdade econômica e social. Com a região Sul do Estado estagnada e com o Norte mais dinâmico e desenvolvimento regional. "Há uma preocupação nos conselhos, na sociedade e nos políticos sobre essa realidade gaúcha", destacou Salomão.
O palestrante acredita que o Estado enfrenta disputa acirrada em seus produtos, como na indústria calçadista, que enfrenta concorrência chinesa.
Segundo o palestrante, faltam projetos de desenvolvimento regional do sul visando recuperar a participação da Região Sul no PIB nacional, enfrentar a concorrência estrangeira e atrair investimentos federais.
Cláudio Côrrea, diretor da Força RS, conclamou os sindicalistas a assumirem a divisão dos royaltes do pré-sal de maneira justa entre os estados como bandeira de defesa. Salomão afirmou, em resposta, que é favorável à divisão de uma parcela dos royaltes para os estados da Federação.
Na mediação o presidente da Fesenalba, o gaúcho Antônio Johann; e a diretora da Força PR, Maria Donizete Alves.
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