Vagas fechadas surpreendem CDL
Régis Araújo

O indicativo da Pesquisa de Emprego e Desemprego, que demonstra o segmento do comércio pressionando a alta da taxa de desemprego na região Metropolitana, surpreendeu o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Vilson Noer.

O indicativo da Pesquisa de Emprego e Desemprego, que demonstra o segmento do comércio pressionando a alta da taxa de desemprego na região Metropolitana, surpreendeu o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre, Vilson Noer. De acordo com ele, não existem razões econômicas para as demissões. O que pode ter ocorrido, acrescentou, é um ajuste eventual em determinados setores do comércio, que é composto por supermercados, pelo varejo, pelo atacado, por postos de gasolina e pelo comércio lojista, entre outros.

Noer também afirma que, entre as variáveis que podem ter dado contribuições para esse ajuste, estão a alta dos juros, os encargos tributários, além de uma reduzida margem de lucro do setor. Para o tesoureiro do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec), Luis Carlos Barbosa, a pesquisa reflete a sazonalidade do período, além de outros fatores. Entre esses fatores estariam a elevação de preços no mercado, principalmente nos alimentos, e o aumento na taxa básica de juros, o que inibe o crédito. A Selic atualmente está em 12,25%. "Esses fatores impactam no bolso do consumidor, que deixa de comprar e acaba refletindo no comércio", destacou Barbosa.

O comerciário defende uma ação do governo federal nos juros e na inflação, de maneira que se possa conter esse movimento de queda no consumo e o conseqüente fechamento dos postos de trabalho.

Neste último mês de maio, somente em Porto Alegre e na região Metropolitana, foram fechadas 17 mil vagas no comércio, o que representa uma queda de 5,6% em relação a abril. Atualmente, estão associados ao Sindec, em Porto Alegre, 95 mil comerciários.

Fonte: Correio do Povo

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