Reunião entre governo e aposentados acaba sem acordo sobre reajuste
Régis Araújo

Terminou sem acordo a reunião entre representantes do governo, das centrais sindicais e de entidades de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre a reivindicação de um reajuste real para os benefícios de valores superiores ao do salário mínimo.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), informou que foi marcada nova reunião sobre o assunto para a próxima terça-feira, às 15h, quando as entidades e as centrais já deverão ter uma resposta de suas bases ao pedido do governo para que concordem com o arquivamento de todos os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional prevendo vários tipos de benefícios aos segurados do INSS.

Segundo o deputado, a concordância com ao arquivamento foi colocada pelo governo como "premissa" para o avanço da negociação.

? Não saímos sequer dessa premissa, porque houve uma grande polêmica, já que não temos autorização de nossas bases para concordar ou não com isso ? disse Pereira da Silva.

O deputado Pepe Vargas (PT-SP), relator do projeto que extingue do cálculo das aposentadorias o fator previdenciário, relatou que, na reunião de hoje, o governo não revelou qual seria o índice de reajuste real a ser proposto, caso os segurados aceitem a condição. Segundo Vargas, o governo deixou claro, porém, que vê condições para concessão de um reajuste dos benefícios acima da inflação e que o percentual já foi acertado entre o Ministério da Previdência e a equipe econômica do governo.

Participaram da reunião ? realizada nesta tarde no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República ? os ministros da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, e da Previdência Social, José Pimentel, dirigentes das centrais sindicais e presidentes de entidades representativas de aposentados e pensionistas, além de líderes de partidos políticos na Câmara.

Nos bastidores da negociação, que já dura dois meses, as entidades de defesa dos aposentados e as centrais sindicais têm pleiteado um reajuste real dos benefícios de pelo menos 3%, o que significaria, segundo cálculos do Ministério da Previdência, uma despesa extra, em 2010, de R$ 3,6 bilhões.

Fonte: Zero Hora

Voltar pro topo