Ministro nega que aposentados acumulam perdas nos reajustes
Régis Araújo

Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, contestou que os aposentados acumulam perdas nos reajutes salariais, já que a legislação votada em 1991 lhes garante a reposição da inflação.

Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, contestou que os aposentados acumulam perdas nos reajutes salariais, já que a legislação votada em 1991 lhes garante a reposição da inflação.

? O que os aposentados teriam direito seria o índice de inflação. Acontece que o governo definiu conjuntamente com as centrais uma política para aumentar o valor do salário mínimo. Todos os anos, até 2023, vamos dar para o salário mínimo a inflação do ano e o crescimento da economia de dois anos atrás. Aí gerou uma reclamação dos demais aposentados. Nós entendemos a legitimidade da reclamação, mas não que houve perdas ? garantiu Bernardo.

Segundo ele, a partir do ano que vem o reajuste do aposentados que ganham acima do mínimo será de aproximadamente 7% ? soma do índice da inflação, que ele prevê ficar em torno de 4,4%, e 50% do PIB do ano passado, que foi de 5,1%:

? A inflação deste ano deve dar em torno de 4,4% e se somarmos 2,55% (correspondente à metade do crescimento da economia de 2008), teremos aproximadamente 7%. Nós já conversamos com o presidente (Lula) e se for assinado o acordo, vamos pagar em janeiro o reajuste dos aposentados nesta proporção.

Ministro tranquiliza prefeitos gaúchos

A Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) pediu para a semana que vem uma audiência com o ministro para discutir perspectivas de recuperação de pelo menos parte da queda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Bernardo tranquilizou os prefeitos gaúchos:

? Para isso nem precisamos fazer audiência. O que nós assumimos de compromisso com os prefeitos foi que em 2009 será repassado, através do FPM, no mínimo o que foi passado em 2008. Fizemos uma medida provisória através da qual repassamos R$ 1 bilhão complementado o FPM. A crítica dos prefeitos procede. Nós vamos ter que aumentar esse valor ? afirmou o ministro, que pleiteará o aumento junto ao presidente Lula. ? A receita deles caiu porque a nossa caiu.

Investimentos contra a gripe A

O ministro Paulo Bernardo se mostrou favorável à criação substituta da extinta CPMF para aumentar repasses à saúde, principalmente em meio à epidemia de gripe A. A doença deve se intensificar no hemisfério norte nos próximos meses, durante o inverno.

? A avaliação de cientistas americanos é que no inverno dos EUA devem morrer 60 mil pessoas por causa desta gripe. Imagina a devastação que vai ser isso. Nós estamos colocando R$ 2,2 bilhões a mais só por conta de gripe. Nós vamos comprar vacinas, mais remédios, o Tamiflu, nebulizadores, vamos disponibilizar equipamentos para os hospitais. Essa é a realidade. O Congresso acabou com a CPMF e nós não temos alternativa para fazer o aumento na proporção que precisa ? afirmou.

Fonte: Rádio Gaúcha

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