Funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) paralisaram ontem as atividades, por tempo indeterminado, em todo o país. No Rio Grande do Sul, a greve começou com adesão de mais de 70 agências de Porto Alegre, região Metropolitana e Interior, de um total de 192 unidades. Na Capital, houve concentração de bancários em frente à agência da Praça da Alfândega. Apenas as áreas de auto-atendimento foram liberadas para o público. Na sexta-feira, a categoria já havia promovido uma paralisação de advertência, com duração de 24 horas.
Em Porto Alegre e região Metropolitana, a greve começou com 32 agências promovendo interrupções no atendimento. Nos locais em que não houve adesão, os sindicatos fizeram mobilizações para ampliar o número de grevistas. O movimento busca pressionar pela apresentação de proposta que atenda a reivindicações como novo Plano de Cargos e Carreiras (PCC), com valorização do salário-base, isonomia de direitos e reposição de perdas salariais. Os funcionários pedem recomposição do poder de compra dos salários e, para isso, o estabelecimento de um plano de médio prazo. Afirmam que existem trabalhadores executando as mesmas tarefas, mas com remunerações e direitos diferentes. "É preciso que haja isonomia entre os antigos e os novos funcionários", afirmou o diretor do Sindibancários e funcionário da Caixa, Marcos Todt.
No RS, a instituição reúne cerca de 4,5 mil funcionários. A categoria também pede contratação de pessoal, alegando ter havido aumento da demanda, sobretudo após o lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Na terça-feira, bancários de instituições privadas, Banrisul e Banco do Brasil aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos de reajuste salarial de 6% e decidiram não parar.
Além dos terminais eletrônicos, a CEF orienta o consumidor a procurar casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui como alternativa para efetuar saques, pagamentos e outros serviços. Desconto de cheques ou duplicatas e financiamentos, por exemplo, só podem ser feitos nas agências.