Falta de qualificação impede entrada de trabalhador no mercado, diz Ipea
Jousi Quevedo

A falta de qualificação ainda breca a entrada de boa parte de pessoas no mercado de trabalho. A conclusão faz parte de pesquisa realizada pelo Ipea.

No país do emprego e da renda em alta, a falta de qualificação ainda breca a entrada de boa parte de pessoas no mercado de trabalho. A conclusão faz parte de pesquisa realizada pelo Ipea sobre a percepção dos trabalhadores em relação à sua própria condição.

O estudo aponta, por exemplo, que a falta de capacitação teórica foi a principal dificuldade apontada por quem estava desempregado (23,7%), acima de dificuldades como baixo salário, concorrência, discriminação, distância de casa ou jornada excessiva de trabalho.

Entre os inativos, a falta de qualificação parece ser um fator importante para 37,7% dos inativos não terem procurado trabalho na última semana (ou mesmo nunca terem procurado trabalho ao longo de sua vida).

"Em outras palavras, mais de um terço dos inativos explicam seu próprio afastamento da atividade laboral por meio da ausência de qualificação ocupacional", informa a pesquisa.

Entre os inativos que estão nesta condição há menos tempo (até 35,99 meses), 49,7% atribuem grande relevância à falta de qualificação. Ademais, em meio aos inativos que aceitariam uma proposta de trabalho (caso ela surgisse), 51,6% consideram que a ausência de qualificação é um fator explicativo muito importante para a sua inatividade.

Já para os trabalhadores por conta própria e pequenos empregadores, parcela significativa afirma ter pouco controle sobre a duração de seu trabalho, que lhes parece claramente excessivo e prejudicial à sua vida cotidiana.

Com informações da Agência O Globo

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