Desemprego sobe na região Metropolitana
Régis Araújo

A taxa subiu para 11,3% em fevereiro com 221 mil fora do mercado. No país, também o percentual pulou de 14,2% para 14,5%.

A taxa de desemprego total na região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) registrou elevação em fevereiro, o que não havia ocorrido nos sete meses anteriores. Conforme levantamento da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMPA), divulgada ontem, o índice de desemprego ficou em 11,3% em fevereiro, ante os 11,2% apurados em janeiro. Também no país, de janeiro para fevereiro, o percentual de trabalhadores desempregados subiu de 14,2% para 14,5%. O coordenador de pesquisas do Dieese, Francisco Oliveira, considera o crescimento do desemprego normal. Segundo ele, "faz parte de um movimento sazonal".

No mês passado, o contingente de desempregados na RMPA foi estimado em 221 mil pessoas, 3 mil a mais do que em janeiro. Esse aumento do desemprego já era esperado por especialistas. "Nos primeiros meses do ano, é normal a queda da atividade econômica", considerou a supervisora da pesquisa pela FEE, Miriam De Toni. Na RMPA, porém, o índice é o menor para o mês de fevereiro desde 1997, e ficou abaixo da taxa de desemprego medida, no mês passado, em outras cinco regiões metropolitanas do país (São Paulo, Belo Horizonte, Distrito Federal, Recife e Salvador). Em fevereiro, o nível de ocupação na RMPA apresentou relativa estabilidade (0,3%). O total de ocupados no mês foi estimado em 1,738 milhão de pessoas.

Entre os principais setores de atividade econômica, a indústria registrou elevação de 2,6% nas ocupações, com mais 8 mil postos de trabalho. O comércio apresentou acréscimo de 4,2% das vagas, com o incremento de 12 mil ocupações, mantendo o desempenho positivo iniciado no mês anterior. O segmento de serviços teve queda de 1,3%, com a redução de 12 mil trabalhadores em seu contingente. A retração de atividades ligadas a segmentos como Educação influiu na diminuição de empregos em serviços, conforme Miriam.

A pesquisa indicou que o emprego assalariado apresentou-se estável em fevereiro (-0,1%), o que refletiu os comportamentos positivo no setor privado (14 mil empregos) e negativo no segmento público (-15 mil postos de trabalho). No setor privado, destacou-se o crescimento do emprego assalariado com carteira (24 mil empregos), com redução entre os sem carteira (-10 mil). Os autônomos e os empregados domésticos obtiveram incremento no nível de ocupação (9 mil e 2 mil ocupados, respectivamente), enquanto o agregado de demais posições (engloba empregadores, profissionais universitários autônomos e donos de negócio familiar) teve redução de 4 mil postos.

Já o rendimento médio real em janeiro (nesse item, é considerado o mês anterior ao da pesquisa) registrou redução para os ocupados (-3%) e para os assalariados (-3,5%). Em termos financeiros, esses rendimentos passaram a corresponder, respectivamente, a R$ 1.053,00 e a R$ 1.050,00.

Fonte: Correio do Povo

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