Comércio vai oferecer 14 mil vagas temporárias
Régis Araújo

Com a expectativa de um Natal gordo em vendas, o comércio gaúcho estima a contratação de 14 mil trabalhadores temporários no último trimestre. Os interessados em conquistar uma dessas vagas ? 35% delas estarão na Região Metropolitana de Porto Alegre ? terão de preparar o currículo e o fôlego para caminhadas.

Com a expectativa de um Natal gordo em vendas, o comércio gaúcho estima a contratação de 14 mil trabalhadores temporários no último trimestre. Segundo projeções da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL-RS), a safra agrícola recorde, a queda dos juros e a capitalização obtida com as vendas de inverno estão entre os motivos de os lojistas preverem uma necessidade de mão-de-obra 27% maior do que em igual período de 2006.

Os interessados em conquistar uma dessas vagas ? 35% delas estarão na Região Metropolitana de Porto Alegre ? terão de preparar o currículo e o fôlego para caminhadas. Fora da Capital e cidades pólo, como Caxias do Sul, Santa Maria e Passo Fundo, é necessário perguntar de loja em loja sobre vagas, recomenda o presidente da FCDL-RS, Fábio Koch. Além de grandes redes, há os médios e pequenos estabelecimentos que muitas vezes não chegam a contratar recrutadores, reforça.

Nas agências de emprego e empresas recrutadoras, a montagem do banco de cadastros está começando. A Performance Trabalho Temporário informa que o número de vagas só deve ser conhecido no começo de outubro, mas o contato com os clientes fixos já se iniciou. Comércio e sedes campestres de clubes estão entre os contratantes, afirma Fabiana Freitas, coordenadora de departamento de seleção de pessoal da agência. "A maioria das vagas é para pessoas que tenham no mínimo o Ensino Médio completo. O candidato tem de informar estar à disposição para trabalho temporário. Acontece com freqüência de a pessoa deixar o currículo e, quando é chamada, não aceitar o emprego por ser na época das festas", diz Fabiana.

Entre a segunda quinzena de setembro e o começo de outubro haverá uma definição sobre os postos temporários disponíveis na Employer, especializada em recrutamento. Patrícia Vasques, supervisora de recursos humanos, antecipa que deverá haver demanda para os cargos de vendedores, no comércio, e de promotores e atendentes, no caso de financeiras.

Koch afirma que os contratos, em geral de 90 dias, podem ser prorrogados para até fevereiro, quando começa a temporada de liquidações. Para os últimos três meses do ano, a expectativa dos lojistas é de vendas entre 5% a 6% maiores do que as registradas no último trimestre de 2006. Os hipermercados e as redes e lojas de sapatos e confecções deverão liderar a abertura de postos temporários, conforme o dirigente.

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