Comerciários de Porto Alegre com maior reajuste do Brasil
Régis Araújo

Grande vitória para a categoria! Os comerciários de Porto Alegre aprovaram em assembléia realizada no dia 14 de novembro, no Sindec, o reajuste médio de 7% dos pisos do comércio em geral e 7,78% dos pisos dos concessionários de veículos. Nos salários o aumento foi de 6% e 6,78%, respectivamente.

Grande vitória para a categoria! Os comerciários de Porto Alegre aprovaram em assembléia realizada no dia 14 de novembro, no Sindec, o reajuste médio de 7% dos pisos do comércio em geral e 7,78% dos pisos dos concessionários de veículos. Nos salários o aumento foi de 6% e 6,78%, respectivamente.

Como a inflação do período pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 4,78%, os reajustes significam aumentos reais de 2% nos pisos em geral e 1,22% nos salários e para os concessionários de veículos ganho real de 3% no piso e 2% nos salários.

Comparando esses índices aos dos aumentos registrados nos acordos coletivos do Rio Grande do Sul neste ano, o reajuste é motivo de comemoração para a categoria. Conforme dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os comerciários de São Leopoldo tiveram reajuste de 4%, com 0,68% de aumento real. Em Passo Fundo, o reajuste foi de 4,5%, com ganho real de 1,17%. Nosso aumento só teve precedente comparável em Caxias do Sul, um grande centro de compras, onde os comerciários, inclusive os distribuidores de veículos, tiveram reajuste de 6%.

A análise de outras categorias confirma a regra. Os bancários, com um grande histórico de lutas, fizeram greve e enfrentaram uma onda de demissões em todo o País, e ainda assim tiveram aumento de 6% com ganho real de 1,13%. Aumento de salário que não compensou o desgaste e o grande número de desempregados. Os professores da rede de ensino privado tiveram apenas a reposição da inflação, sem aumento real.

O presidente do Sindec, Nilton Neco, destaca ainda os ganhos sociais do acordo coletivo, que contempla, entre outros, o trabalho decente, conforme as normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT). ?Os empresários estão começando a se conscientizar de que o trabalho não se traduz em números, apenas. É preciso gerar emprego, sim, mas o mais importante é que esse emprego seja digno, com qualidade e segurança para o trabalhador?, afirma.

O sindicato patronal comprometeu-se a promover o trabalho decente; o desenvolvimento sustentável, considerando o crescimento econômico dos comerciários; o respeito a princípios e direitos fundamentais, como a liberdade sindical, a livre negociação coletiva, a não discriminação e igualdade no trabalho; práticas de proteção social; o diálogo social; a capacitação profissional; e a segurança e saúde do trabalhador.

Outra novidade da Campanha Salarial 2007/2008 é o fracionamento das férias. Por iniciativa do empregado, os 30 dias de férias a que tem direito podem ser divididos, desde que nenhum período seja inferior a 10 dias. Mais uma conquista que faculta aos comerciários uma programação de férias condizente com a sua necessidade.

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