Brasil gera empregos formais após 3 meses de queda
Régis Araújo

A economia brasileira voltou a abrir postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, depois de três meses seguidos de fechamento de vagas, informou o Ministério do Trabalho nesta quarta-feira. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram gerados 9.179 postos de trabalho formais no mês passado.

A economia brasileira voltou a abrir postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, depois de três meses

seguidos de fechamento de vagas, informou o Ministério do Trabalho nesta quarta-feira.

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram gerados 9.179 postos de trabalho formais no mês passado.

Foi o pior resultado para meses de fevereiro em 10 anos, mas ainda assim representou uma recuperação frente aos meses anteriores, quando a desaceleração econômica bateu forte no mercado de trabalho formal.

Em janeiro, foram fechadas 101.748 vagas e, em dezembro, surpreendentes 654.946 vagas foram abolidas.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, atribuiu a retomada a um

crescimento sazonal de contratação de profissionais ligados à área da educação --por conta do início do ano letivo-- e saúde, e também à estabilização das demissões. Ele previu que, em março, sejam abertas em torno de 100 mil vagas.

"Março vai ser o mês da virada, com saldo positivo e forte", disse Lupi a jornalistas.

Em fevereiro, foram admitidos 1.233.554 milhão de trabalhadores com carteira assinada, alta de 1,4 por cento frente às admissões de janeiro. As demissões somaram 1.224.375 no mês passado, queda de 7,13 por cento

na mesma comparação.

As vagas na indústria sofreram queda de 0,77 por cento em fevereiro frente a janeiro, enquanto no comércio a retração foi de 0,15 por cento. Em serviços, por outro lado, houve um crescimento de 0,45 por cento nas vagas e na administração pública, alta de 1,86 por cento.

Na construção civil (+0,15 por cento) e na agricultura (+0,06 por cento) as variações foram pouco expressivas, mas Lupi previu que ambos os setores terão desempenho "bem mais positivo" em março.

O emprego na indústria e no comércio também tenderiam a progredir com o crescimento na venda de automóveis e com o aquecimento geral da demanda provocado pelo aumento do salário mínimo, segundo Lupi.

O ministro apostou ainda na renovação da desoneração do IPI sobre automóveis. O governo promoveu uma desoneração temporária que acabaria no final de março, mas já admitiu que estuda uma prorrogação.

"Acho pouco provável que não renove (a isenção do IPI) e é bem provável que ela seja vinculada a uma contrapartida de emprego", afirmou Lupi.

Fonte: Agência Reuters

Voltar pro topo