SINDEC presente no 6° Congresso da Força Sindical
Régis Araújo

Cerca de 50 pessoas do SINDEC participaram do 6° Congresso da Força Sindical onde um marco histório aconteceu. Durante a abertura do 6º Congresso Nacional da Força Sindical, que teve a presença de grandes exponentes de todas as centrais sindicais do país. O anfitrião do evento e presidente da Força Nacional, Paulo Pereira da Silva, recebeu o presidente da CUT, Artur Henrique, Ricardo Patah da UGT, Wagner Gomes da CTB, José Calixto Ramos pela NCST sob o forte clamor de mais de 4 mil sindicalista que prestigiaram o evento.

A crise internacional, a globalização financeira do capital e sua ofensiva sob o trabalho com medidas regressivas do direito dos trabalhadores levaram a Força Sindical a propor este congresso para uma reavaliação da agenda política da entidade. Ativistas sindicais de todo o país deram início ao evento sob o grito 'Central, central é Força Sindical' e aplaudiram as autoridades que abrilhantan o evento, dentre eles, os ministro do Trabalho e da Previdência, Carlos Lupi e José Pimentel, o Secretário-Geral da presidência, Luiz Dulci, os deputados federais, José Genuíno e Brizola Neto e Jamil Duran, o presidente da Câmara, Michel Temer, o líder do PSDB, José Anibal, o prefeito de Praia Grande, Roberto dos Santos, o deputado estadual, Álvaro Boessio. A mesa também foi composta pelos presidentes estaduais da Força Sindical e por representantes de delegações estrangeiras.  Congresso de vitórias O presidente da Força Sindical, Cláudio Janta, afirmou que o 6º Congresso é um evento de comemorações e vitórias, pois foi o primeiro encontro da Força Sindical depois da legalização das centrais sindicais. Disse ainda que a Força Sindical é considerada hoje a maior central do país e isso se deve a forte presença de Paulinho junto ao Congresso em defesa dos direito dos trabalhadores e do intenso trabalho de todos sindicalistas ligados à Força Sindical no Brasil. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, chegou ao evento sob fortes aplausos. Lupi defendeu a proposta da Força Sindical junto ao Congresso para redução da jornada de trabalho de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem o corte nos salários, porque nas principais economias do mundo os empregados já têm uma carga menor de trabalho. ?Defendo a diminuição da jornada e os trabalhadores têm de por 100, 200 ou 300 mil pessoas em Brasília para conquistar o benefício?, garantiu Lupi, acrescentando que a diminuição do tempo de trabalho é importante para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e gerar empregos. Sobre a reação contrária dos empresários à jornada menor, o ministro do Trabalho foi enfático: ?É a luta de classes?. Pelo fim das diferenças O discurso eloqüente do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, finalizou o evento, sob forte apoio e aplausos das lideranças sindicais. Paulinho disse que os sindicatos filiados à Força Sindical vão encaminhar um documento a todos os parlamentares, solicitando que votem a favor do projeto que reduz a jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas, sem o corte nos salários. E ainda foi enfático ao afirmar que a pressão vai se intensificar caso os políticos não queiram atender a reivindicação das centrais sindicais. ?Aí vamos denunciar os políticos para que eles nunca mais de reelejam?, garantiu. Na opinião de Paulinho, a pressão das centrais junto ao Congresso  tem que ser intensa e começar já a partir de agosto ? As lideranças sindicais ligadas à Força Sindical, CUT, CTB, UGT, CGTB e Nova Central  tem que ir para frente do Congresso e fazer forte pressão, pois se não houver pressão, os trabalhadores não vão conquistar o benefício, pois a redução da jornada com a manutenção dos salários mexe no lucro dos patrões Duras críticas quanto a atuação do Ministério Público do Trabalho ? devido ao ingresso de ações solicitando o cancelamento da cobrança da contribuição sindical dos trabalhadores ? foi um dos temas mais polêmicos levantados por Paulinho. A liderança sindical prometeu invadir o ministério, caso não seja solucionado o empecilho.  ?Os procuradores são bons para se meter nos sindicatos, mas não vão nas empresas para fiscalizar as péssimas condições de trabalho?, denunciou. O dirigente também afirmou que a unicidade sindical foi à peça-chave para que o país superasse a crise econômica e garantisse os postos de trabalho no país.  ?Neste momento deixamos as diferenças de lado e vamos todos numa só direção que é a defesa e garantias dos direitos dos trabalhadores?, conclui. Na mesma linha, o presidente da Força Sindical do Paraná, disse que a ampliação de diálogo e a união das centrais foram às propulsoras para o país frear o desemprego frente à crise. ? O movimento sindical organizado foi essencial neste momento, pois senão haveria sim mais desemprego e o mais incrível é que vamos gerar no país mais de 1mil vagas de trabalho, possivelmente?. Crescimento Quando indagado o motivo da Força Sindical ser a central que mais cresce no país, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Diretor Nacional da Força, Miguel Torres, foi categórico: ? Nossa central tem esse resultado, pelo forte trabalhadores e organização de todos líderes sindicais que pertencem à Força Sindical, além disse, somos uma central pluripartidária, que não levanta bandeiras por esse ou aquele partido, temos um só patrão: os trabalhadores do Brasil?, garantiu. Silvana Rangel

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