Palestra de acessibilidade de pessoas com deficiência qualifica funcionários do Sindec
Monise Rezende

Inclusão.

Os funcionários e diretores do Sindec assistiram a palestra de acessibilidade de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho, quarta-feira, 18 de agosto, no auditório da sede central, ministrada pela fonoaudióloga Jocelaine Machado, da Associação Canoense de Pessoas com Deficiência (Acadef).

Foi uma uma ação da entidade visando à qualificação e integração do quadro dos funcionários, e também à formar uma estrutura para receber pessoas com deficiência física no Sindicato. “Temos visto a precariedade de tratamento a essas pessoas nas empresas, e movido ações contra maus tratos e assédio moral”, explicou Valdir Lima, diretor Jurídico do Sindec.

A Acadef, um centro de reabilitação e inclusão de pessoas com deficiência, tem 7 mil associados e atende todo o Estado, oferecendo assistência social, saúde e qualificação. Tem como obejtivo principal inserir a pessoa no mercado de trabalho

Jocelaine, assessora de Acessibilidade da Acadef, explicou os vários tipos de deficiência dispostos em lei - auditiva, visual, física (motora), mental e múltipla - e como deve ser a comunicação entre os colegas, os fatores que facilitam interação na empresa, as formas de se relacionar e agir com pessoas deficientes.

“Não adianta gritar com surdos, não devemos fazer alteração de ambientes sem avisar aos cegos, devemos liberar o ambiente, deixando-o sem barreiras. É uma pena que não aprendemos na escola a Língua Brasileira de Sinais”, disse.

Ela esclareceu que a deficiência motora não afeta o entendimento e a inteligência, e que a deficiência mental não é doença mental, apenas um funcionamento intelectual inferior à média, como no aprendizado e concentração.

A reserva de mercado para pessoas deficientes está disposta em lei, fiscalizada pelas superintendências regionais de Trabalho. Empresas com 100 a 200 empregados devem contratar 2% de pessoas deficientes do total de funcionários. De 201 a 500, 3%; de 501 a 1000, 4%; e mais de 1001, 5%.

Na contratação, é importante que a pessoa cumpra os requisitos básicos do cargo, não seja escolhida somente por ser deficiente. Ela entra em processo de seleção normal, porém, com adequação entre a atividade e a deficiência do indivíduo. “Ela tem que ter autonomia sobre sua tarefa, não está se contratando um sub-empregado”, explicou.

Segundo o último censo, há 14,5% de pessoas com deficiência na população brasileira. As maiores causas são o trânsito e a violência urbana. “Isso é um alerta para vermos como é muito próximo de todos nós, devemos para para pensar se a empresa que trabalhamos e os locais que frequentamos estão preparados para que continuemos tendo acesso a eles. As pessoas com deficiência já estão acostumadas ao mundo, o mundo é que precisa acostumar-se a elas”, finalizou.

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