Representantes das centrais sindicais entregaram nesta terça-feira (3) ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), um abaixo-assinado com mais de 1 milhão de assinaturas pela redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais. As informações são da Agência Câmara.
Em seguida, a Câmara iniciou uma comissão geral para discutir o assunto. A idéia defendida pelos sindicalistas é de que haja redução da jornada sem redução salarial, segundo a agência. As centrais dizem que as assinaturas do abaixo-assinado foram colhidas desde 11 de fevereiro, quando lançaram campanha por uma jornada menor.
Segundo a Agência Câmara, o diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto Queiroz, afirmou que a redução da jornada pode gerar a abertura de 3 milhões de postos de trabalho.
Já o diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos Clemente Ganslúcio estimou que a mudança pode implicar em um aumento de 2% no custo médio da produção, também de acordo com a agência.
Antes da entrega do abaixo-assinado, os sindicalistas fizeram uma manifestação em frente ao Congresso. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, participa da mobilização.
Nesta terça, o Conselho de Ética da Câmara deve instaurar um processo contra o deputado para investigar a suposta participação dele em um esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES). Paulinho nega envolvimento.
Fonte: Força Sindical