Fetracos traça mobiliização para atos de julho e agosto em reunião em Pelotas
Jousi Quevedo

Na pauta, mobilizações, avaliação da assembleia em Esteio e planejamento. Dia 24/07, Pelotas também recebe shows dos 20 anos da Força Sindical.

Reunião da Fetracos ocorreu esta manhã em Pelotas e reuniu sindicalistas representantes dos comerciários, que foram recepcionados pelo presidente do Sec Pelotas, José Luís Porto Ferreira, o Zé Luis.

O vice-presidente da Fetracos, Dionísio Mazui, leu a ata da última reunião, realizada em Esteio, cujo dia coincidiu com a mobilização unitária das centrais sindicais gaúchas contra criação de entidade trabalhista de fachada promovida por representantes patronais. O presidente da Fetracos, Clàudio Janta, fez os encaminhamentos políticos da questão da tentativa da fundação do sindicato. Segundo Janta, a parte jurídica está sendo encaminhada pela advogada Carmem Pinto.

Outro ponto da pauta foi a marcha de mobilização pelas bandeiras de luta dia 28 de julho em Porto Alegre e o ato dia 3 de agosto em São Paulo. "Pretendemos colocar 100 mil pessoas em São Paulo", afirmou Janta.

A aprovação do pedido de filiação do Sindicato dos Comerciários de São Jerônimo foi colocado em votação e aprovada pelos presentes por unanimidade.

O presidente da Fetracos, Clàudio Janta, afirmou que não é a primeira vez que entidade patronal tenta tirar trabalhadores da luta em prol de seus interesses. "Conseguimos uma unidade com todas as centrais, não faltou nenhuma, com todos participando da mesa numa assembleia unitária, demonstrando nossa força e nosso poder de fogo", disse.

A Força Sindical estava com mais trabalhadores do que todas as centrais juntas, demonstrando a grande organização da central. Todas as cidades da Região Metropolitana e também Caxias do Sul tinham representação no ato em Esteio. "Foi uma grande vitória dos comerciários e do movimento sindical", destacou Janta.

O presidente exige maior participação dos diretores da Fetracos nas reuniões realizadas nos Municípios onde há filiado da federação. Janta enfatizou que a agenda de lutas dos trabalhadores tem toda a questão do trabalho decente, indústria nacional, reversão 10% do PIB para a Educação, fim do fator previdenciário, não apenas as 40 horas. Nesse sentido, as mobilizações programadas em Porto Alegre dia 28/07 e em São Paulo dia 03/08 devem mobilizar pelo menos 50 integrantes de cada sindicato.

"Será uma marcha da unidade do movimento sindical gaúcho. Vamos cobrar posicionamento efetivo em prol dos trabalhadores do governo e da ALRS", explicou o presidente.

O diretor Claudio Correa parabenizou a todos pela mobilização na assembleia em Esteio. "Foi um enfrentamento tanto como central, quanto como federação. Tínhamos um número superior de pessoas que só foi possível porque houve mobilização, combatendo essa situação", afirmou. Sobre a mobilização em Brasília, foi "um dos fatos políticos mais importantes que participamos nos últimos tempos", disse. Houve participação do vice-presidente do país, Michel Temer, o ministro do Trabalho, o ministro da Previdência e o presidente da Câmara, além da presença de mais de 40 deputados na janta dos trabalhadores promovida pelo deputado Paulinho (PDT). "Mas não adianta fazer a marcha e não avançarmos na luta, sendo fundamental a ida a São Paulo", destacou Correa. O sindicalista frisou a necessidade de todos os sindicatos presentes e o povo na rua.

"O Rio Grande do Sul tem que continuar sendo referência na central a nível nacional", afirmou ainda.

O diretor do Sindec-POA Marcelo Furtado disse que a caminhada em Brasília repercutiu muito pela organização e por não estar atrelada ao governo. "Correção da tabela do IR, fim do fator previdenciário e 40 horas são questões trabalhistas para o povo agora e para os nossos filhos amanhã", disse. A regulamentação da categoria exige que as pessoas estejam na rua. O abaixo-assinado em repúdio à criação do sindicato patronal continua circulando nas entidades e Furtado pediu que todos se empenhem em assinar.

O vice-presidente da Fetracos e presidente do Sindicato dos Comerciários de Quaraí, Dionísio Mazui, destacou, sobre a tentativa de nova entidade com iniciativa patronal, a ocupação foi um ato de união dos trabalhadores, que eram maioria. "Temos que manter a mobilização nas nossas cidades que tenham trabalhadores em concessionárias para manter o pessoal ligado e manter o sindicato próximo dos trabalhadores", ressaltou Mazui.

Em Brasília, Mazui destacou a presença dos políticos mais importantes presentes, incluindo a senadora Ana Amélia Lemos. O sindicalista criticou a nova posição de centrais sindicais de submissão aos interesses do governo.

Carlos Eduardo Vilar Chamorro, do Sindec de Alvorada, pediu ênfase para a parte do comércio nas mobilizações que estão programadas e atentou para as datas base de  novembro.

Adílson Bogorni, do Sec de São Jerônimo, agradeceu a Fetracos pela filiação do Sec São Jerônimo e disse que a luta está sendo intensificada.  "Obrigada pelo apoio de todos".

Zé Luís, de Pelotas, falou sobre revisão das atitudes no movimento comerciário em face das novas maneiras de compra em que os trabalhadores estão sendo deixados de lado. Criticou os políticos que se elegeram em cima do discurso da redução da jornada de trabalho e que o problema não foi resolvido. O diretor sugeriu que na última página do jornal da Fetracos fique com informações e fotos das bases locais.

Élvio Gelim destacou a importância do ato de Brasília.

O companheiro Oscar Maciel da Silva, do Sec Guaíba, destacou que precisa de comunicação direta com os lojistas, expondo os diretores locais para divulgação na base local.

A criação de uma comissão sobre oposições foi proposta, além de um grupo para avaliar um plano de mídia, com pesquisa sobre a categoria.

A próxima reunião da Fetracos será dia 16 de agosto, em São Gabriel.

Voltar pro topo