A Câmara dos Deputados deve votar hoje à tarde, em sessão extraordinária, o projeto de lei que estabelece o novo valor do salário mínimo.
O secretário-geral do Sindec-POA e presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, está em Brasília e ontem participou da mobilização dos sindicalistas na Câmara. O dirigente criticou o ministro da Fazenda Guido Mantega e contou que o presidente nacional da Força, o Paulinho, foi o mais aplaudido em plenário.
Sobre a votação de hoje, Janta espera uma reação do PDT: "Espero que a direção do PDT lembre do seu compromisso histórico com os trabalhadores, de ser a trincheira da classe operária", afirmou.
O governo propõe o novo salário de R$ 545 e estabelece uma política de valorização até 2014, com base nos mesmos critérios previstos atualmente: a variação da inflação do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. As centrais sindicais querem um valor maior.
Na mesma sessão, os deputados devem analisar duas emendas: uma do PSDB e outra do DEM. A primeira defende o mínimo de R$ 600 e a segunda um aumento para R$ 560. O novo mínimo terá vigência a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da publicação da lei.
Trabalhadores e sindicalistas fazem manifestação hoje, a partir das 9h, em frente ao Congresso Nacional, em defesa de um reajuste maior para o salário mínimo.
Também nesta quarta-feira, na Esplanada dos Ministérios, servidores federais de todo o país participam do lançamento nacional da campanha salarial da categoria em 2011. Um dos principais eixos da campanha é a mudança da data-base para 1º de maio.