Centrais pedem e Lupi promete usar dinheirodo FAT e FGTS na preservação de empregos
Régis Araújo

A reunião com o ministro, os líderes sindicais entregaram o documento unitário das Centrais, com 18 propostas para amenizar os efeitos da crise financeira sobre o Brasil, principalmente no que se refere ao mercado de trabalho.

Os dirigentes das Centrais Sindicais brasileiras que estiveram com o ministro Carlos Lupi (Trabalho) na última quarta-feira (19), em Brasília, saíram do ministério com o compromisso que a Pasta ampliará a supervisão sobre o destino dos recursos dos fundos dos trabalhadores (FAT e FGTS), a fim de garantir a aplicação do dinheiro em projetos que gerem empregos, além de impedir investimentos em empresas que demitirem trabalhadores.

Após a reunião, o ministro anunciou em entrevista coletiva a formação de um Comitê de Acompanhamento, formado por membros do ministério e representantes das Centrais, para monitorar todos os investimentos realizados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) liberados pelo governo para estimular o crédito e para obras de infra-estrutura.

**Propostas - **Na reunião com o ministro, os líderes sindicais entregaram o documento unitário das Centrais, com 18 propostas para amenizar os efeitos da crise financeira sobre o Brasil, principalmente no que se refere ao mercado de trabalho. Entre as sugestões, as entidades pedem o aumento das parcelas do seguro-desemprego, além da ampliação do benefício aos trabalhadores rurais envolvidos no Plano Safra. Lupi também prometeu apoiar a luta pela retirada de projetos de flexibilização de direitos que tramitam no Congresso Nacional.

Juros ? O documento assinado pelos presidentes da Força Sindical, CUT, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Geral de Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores reitera ainda que é necessário fortalecer o mercado interno e reduzir a vulnerabilidade da economia, algo que não será possível com os juros nos patamares em que estão.

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