Milhares de trabalhadores estão reunidos na manhã desta quarta-feira, 3, em frente ao Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo. O pátio do estádio ficou tomado de bandeiras e carros de som, que agitam as reivindicações dos trabalhadores, que devem exceder a expectativa das 100 mil pessoas esperadas.
O presidente da Força Sindical nacional, deputado Paulo Pereira da Silva, explicou que a mobilização em São Paulo encerra o calendário das mobilizações regionais pelas 40 horas semanais, fim do Fator Previdenciário, regularização das convenções da OIT para os trabalhadores e demais bandeiras. Mesmo assim, ressaltou que a luta nacional continua, mais precisamente com o ato em Brasília, que ocorre na semana que vem, nos dias 9, 10 e 11. Segundo Paulinho, será feito um “corpo-a-corpo com os deputados para que eles votem a favor da pauta trabalhista”.
Questionado sobre a resposta do governo de que já está ciente e que já contempla as principais reivindicações dos trabalhadores, o presidente da central é taxativo. “As principais lutas dos trabalhadores sempre foram deixadas de lado neste governo e no anterior. O governo é que nem mãe: só escuta quem grita mais alto e quem chora mais. Por isso estamos levando os trabalhadores às ruas para reivindicar e mostrar sua indignação”, declarou Paulinho.
Dentre os manifestantes gaúchos presentes no ato que acontece nesta manhã em São Paulo estão o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, a Fetracos-RS e seus sindicatos filiados – Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre, Canoas, Pelotas, São Gabriel e São Jerônimo. Da Força Sindical-RS estão presentes mais de 60 representantes, incluindo seus principais dirigentes, como o vice Walter Fabro, os diretores do Sindec-POA Luis Carlos Barbosa e Claudio Correa e o Secretário de Relações Internacionais Nilton Neco, presidente do Sindec-POA.
BANDEIRAS DE LUTA
redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução salarial;
fim do fato previdenciário;
regularização da terceirização para que sejam garantidos benefícios iguais para todos trabalhadores;
regulamentação
das convenções 151 (servidores públicos) e 158 (contra demissão
imotivada) da OIT (Organização Internacional do Trabalho);
reforma agrária e urbana;
10% do PIB para educação;
redução dos juros e distribuição de renda