Centrais entregam ao Governo Federal pedido de manutenção dos investimentos no setor produtivo
Régis Araújo

No documento, as Centrais pedem que o governo assegure a manutenção dos investimentos públicos, da política de valorização do salário mínimo, da política de correção das faixas da tabela do Imposto de Renda - com ampliação das faixas e da Agenda do Trabalho Decente.

As seis Centrais Sindicais brasileiras estão reunidas, em São Paulo, para divulgar um documento que será enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contendo propostas para garantir os empregos durante a crise financeira iniciada nos EUA. O encontro entre Força Sindical, CUT, CGTB, CTB, UGT e NCST ocorre na sede da UGT, às 10 horas.

No documento, as Centrais pedem que o governo assegure a manutenção dos investimentos públicos, da política de valorização do salário mínimo, da política de correção das faixas da tabela do Imposto de Renda - com ampliação das faixas e da Agenda do Trabalho Decente. Além, disso, os sindicalistas querem que os recursos públicos destinados a empresas em dificuldades sejam liberados somente mediante o compromisso de garantia de empregos.

As Centrais propõem ainda a redução da taxa de juros e do superávit fiscal, bem como a redução da jornada de trabalho, desoneração tributária da cesta-básica e elevação do período de concessão do seguro-desemprego de três a cinco meses para dez meses. O documento pede a ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e a retirada de projetos em tramitação no Congresso sobre flexibilização das relações de trabalho.

Lula ? Na última sexta-feira, em encontro com o secretário de Política Sindical da CUT nacional Vagner Freitas durante a reunião do G20, em Washington, o presidente Lula confirmou que atenderá o pedido de audiência feito pelas Centrais para discutir medidas contra a crise. ?Vagner, chegando ao Brasil vou conversar com as Centrais Sindicais, porque, neste momento, acima das pautas corporativas, precisamos ouvir todos os atores sociais e encontrar formas para enfrentar a crise?, disse ao sindicalista.

Fontes: jornal Valor e Portal do Mundo do Trabalho

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