Trabalhadores devem ampliar participação na política
Monise Rezende

IV Fórum Social das Américas.

Os representantes do movimento sindical devem lutar para defender os direitos dos trabalhadores, apoiarem o candidato a presidência da República que atenda os anseios dos trabalhadores e também devem se candidatar a cargos legislativos para dar sustentação aos governos democráticos, disse Nilton Neco, secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, ao falar sobre o tema Democracia nas Américas, no Fórum Sindical das Américas, realizado dentro do IV Fórum Social das Américas, em Assunção, no Paraguai, nesta sexta-feira, 13 de agosto.

Os sindicalistas debateram o tema acima mencionado e também “Crises e Respostas Globais”.

No painel “Democracia nas Américas”, os dirigentes José Molina, da Uni Américas (Panamá); Hector Moncayo, Alianza Social Continental, Colombia, Idalmi Carcamo, CUT Honduras e Stella Maris Cacace, Plataforma Interamericana DDHH, Paraguai e Nilton Neco falaram sobre os desafios que os países enfrentam para consolidar o regime democrático e como pode beneficiar os trabalhadores.

Molina citou o Paraguai, que ainda precisa enfrentar um longo processo para efetivar a democracia e citou o fato de o país não ter Ministério do Trabalho. O país possui o Ministério da Justiça e do Trabalho.

Neco elogiou o trabalho da CSA e do Fórum Social Mundial e destacou a importância da democracia para o País sair da crise econômica. “No Brasil e nos demais países democráticos a liberdade sindical e o diálogo foram fundamentais para combater a crise”, declarou.

Crise

No Painel “Crises e Respostas Globais”, Adhemar Mineiro, economista da CSA (Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas), disse que o movimento sindical precisa debater e propor alternativas para as questões levantadas pelos governos durante a crise econômica internacional e que agora foram esvaziadas.

Mineiro listou cinco temas. O primeiro, a necessidade de uma nova regulamentação financeira internacional, específica para os bancos. O segundo, a recuperação econômica; o terceiro, mudanças nas instituições multilaterais, como FMI e Banco Mundial; quarto, meio ambiente e energia e, quinto, liberação comercial e protecionismo.

“São temas que os governos e os próprios organismos colocaram em seus documentos para debates no primeiro momento da crise. E, agora, neste segundo momento, os temas esvaziaram. No primeiro semestre de 2009, os ministros do Trabalho do G20 chegaram a se reunir e negociar com a OIT e movimentos sociais, temas como Trabalho Decente, garantia de emprego, recuperação salarial e depois não houve mais reuniões”, ressaltou Mineiro. O economista observou que em vez de desmontar o modelo neoliberal, eles estão reafirmando o modelo.

João Felício, secretário de Relações internacionais da CUT, destacou a união das centrais sindicais brasileiras e a luta pelas reivindicações sindicais, como campanha salarial e também pela política eleitoral trabalhando por candidatos que não defendem o modelo neoliberal.

Felício lembrou que a crise é mais profunda que o modelo neoliberal. “É a crise cíclica do capitalismo e, portanto, os trabalhadores não podem deixar de atuar também na política”, disse.

Abertura

A aliança entre o movimento sindical e as entidades sociais esta avançando, especialmente em países que têm governos progressistas, disse Rafael Freire, secretário de Política Econômica e de Desenvolvimento Sustentável da CSA. O sindicalista abriu os trabalhos da Área Sindical, no Fórum Social das América, em Assunção.

Na abertura, os representantes das centrais sindicais do Paraguai Miguel Zayas, secretário-geral da CNT e Bernado Rojas, presidente da CUT Autentica deram as boas vindas aos sindicalistas do Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Panamá e Trinidad Tobago.

Comissão

Na Coordenadora do Mercosul, as mulheres decidiram que os “16 dias do ativismo contra a violência contra a mulher” começará no dia 25 de novembro em Porto Alegre (RS), disse Maria Susicleia Assis, 1ª secretaria da Mulher da Força Sindical.

Já Evaldo Prata, do Sindicato dos Eletricitários de Angra dos Reis e Parati, destacou que no Fórum da Matriz Energética, foi debatido a integração de todos os países do Mercosul.

Fonte: Força Sindical

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