Rio Grande do Sul deve crescer mais que o Brasil em 2013
Andréia Sarmanho

Fiergs estimou PIB gaúcho em 5,1% no próximo ano.

A economia do Rio Grande do Sul, depois do resultado bastante abaixo do esperado em 2012, deve apresentar um crescimento forte em 2013, segundo dados da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). O balanço 2012 e as perspectivas 2013 da economia brasileira e gaúcha foram apresentados pela Fiergs nesta segunda-feira. De acordo com presidente da Federação, Heitor Müller, a simples normalização da situação na agricultura deve ser suficiente para determinar a tendência para o próximo ano. “O cenário para 2013 é o Rio Grande do Sul crescer mais que o Brasil”, comentou.

O crescimento do PIB no Brasil deverá ser de 3,3% enquanto no Estado a previsão é de 5,1%. O cenário para o próximo aponta 7,6% o crescimento na agropecuária no país, 2,3% na indústria total e 3,2% no setor de serviços.

A Fiergs projeta o PIB gaúcho em 28% na agropecuária, e 2,7% na indústria total e nos serviços. No caso do Rio Grande do Sul, a surpresa positiva pode vir através de uma contribuição mais positiva da indústria, puxada pela retomada dos investimentos, em âmbito nacional, e do comércio exterior.

Em 2012, o desempenho da economia brasileira ficou bastante abaixo do esperado. Entre os fatores da queda estão problemas relacionados à economia interna: a baixa produtividade e a incapacidade de destravar os investimentos, bem como de tornar efetivas as políticas de estímulo ao setor produtivo. “São questões da microeconomia brasileira que têm pesado mais para o baixo crescimento do que os acontecimentos na economia mundial”, ressaltou Müller.

Conforme o chefe da unidade de estudos econômicos da Fiergs, André Nunes de Nunes, em 2012 o PIB vai apresentar a segunda menor taxa de crescimento em 13 anos. Os fatores que levaram à estagnação da economia brasileira são uma combinação de baixa competitividade, crise internacional, redução do nível investimento e um maior endividamento das famílias. “O setor de serviços, principal vetor do crescimento nos últimos anos, registrou desaceleração”, comentou Nunes.

Para a indústria, o ano de 2012 foi negativo. O resultado do PIB do primeiro semestre trouxe um fato preocupante: a indústria de transformação teve a menor participação no PIB brasileiro na história recente. O segmento representou 12,5% do PIB no segundo trimestre de 2012, sendo que no mesmo período de 1995 a participação era de 20,7%. Apesar da desaceleração econômica, os dados do mercado de trabalho evidenciam a menor taxa de desemprego da história do país: 5,7% na média entre janeiro e outubro.

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