A Delegacia de Mulher estará com uma equipe itinerante que atenderá os bairros e vilas distanciado do centro da Capital, como por exemplo a Restinga, na zona Sul de Porto Alegre. O projeto deve ter início em 30 dias. Segundo a delegada Nadine Anflor Farias, no caso da Restinga, a intenção é levar um computador e conseguir um local mais reservado na 16ª DP, que atende aquele bairro.
No sábado, dia 15, o secretário de Segurança Pública, José Francisco Mallmann, esteve no terreno doado pela Prefeitura de Porto Alegre, onde será construída uma segunda Delegacia da Mulher. Enquanto o prédio não fica pronto, a equipe itinerante fará o trabalho.
O terreno foi doado simbolicamente pelo prefeito José Fogaça. Para que o espaço passe em definitivo para o Estado e, conseqüentemente, seja construída a delegacia, é necessária a aprovação da Câmara de Vereadores. Em inspeção ao local, Mallmann disse que a área poderia servir não apenas para a DM, mas para uma ampliação da 16ª DP.
A construção da nova delegacia atende ao anseio de muitas mulheres daquele bairro, que se sentiam constrangidas em procurar a 16ª DP e serem atendidas por homens para o registro de queixa contra o marido ou companheiro. As denúncia, em geral, referem-se a espancamento ou outro tipo de agressão. Para Nadine, a questão do constrangimento das vítimas é o principal fator de inibição, pois os funcionários da delegacia têm capacidade para lidar com esse tipo de denúncia.
Outro problema é a distância da Restinga em relação à Delegacia da Mulher, situada no Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga. "Muitas mulheres deixavam de vir à delegacia especializada, pois a distância é grande e nem todas têm condições de pagar a passagem de ônibus", comentou Nadine. "Desta forma, enquanto a DM da Restinga não é construída, faremos a delegacia itinerante", salienta.
Fonte: Correio do Povo