Força do Pensamento - Deputado Mano Changes aborda combate à droga e a complexidade do problema
Jousi Quevedo

O deputado afirmou ainda que a violência gerada pelo crack mata mais que os acidentes de trânsito.

Também debateu a Segurança Pública o deputado estadual Mano Changes (PP). O deputado foi convidado ao Força do Pensamento por sua trajetória política e inserção entre os jovens. “É muito bom que a Secretaria de Segurança tenha um departamento de ensino e esteja sob um comando técnico, porque estas políticas devem ser transversais, de segurança e educação”, elogiou o deputado.

Mano Changes abordou o trabalho que vem desenvolvendo de prevenção nas escolas contra o crack. “O crack surgiu em 1989 no Brasil e, enquanto era droga de pobre, pouco se fez para combater o problema como doença social”, afirmou o deputado.

O deputado afirmou ainda que a violência gerada pelo crack mata mais que os acidentes de trânsito. “Há problemas indiretos, como a geração de violência, pois a abstinência pelo crack promove uma gama de problemas multidimensionais. Hoje o problema está em 85% dos municípios do RS”, explicou o deputado.

Em sua explanação rica em exemplos, Mano Changes aborda o problema do bullyng sobre crianças que se destacam em comparação aos outros. “Temos estes problemas entre os jovens e a expectativa dos jovens que entram em contato com o crack torna o abismo entre estas duas realidades maior. Só que uma realidade tem reflexos na outra”, analisou Mano Changes. Prevenção em rede e investimento em educação são fundamentais, destacou o deputado.

“Somos o país que mais cobra impostos e mesmo assim nunca há recursos para as categorias mais importantes na sociedade”, criticou o deputado, que também falou da crise na indústria brasileira que afeta ainda mais o futuro do país.

O deputado fez uma palestra analisando as classes sociais do país, destacando a urgência de haver multiplicadores no combate ao crack e na luta pela internet. "Ter acesso à tecnologia só é possível se houver indústria. Uma pessoa que se desenvolve e gosta de estar ligado nas tecnologias não vai para a rua fumar crack. Está tudo conectado", resumiu.

Ele cobrou capacitação técnica de profissionais e políticos, a valorização das policias e professores e criticou a excessiva carga tributária brasileira. "As lutas que a Força Sindical eu também tomo parte. Vocês devem se orgulhar da atuação desta central", enfatizou o deputado.

Texto: Josemari Quevedo

Imagens: Cintia Rodrigues

Realização: Instituto Girassol

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