Estudo mostra desigualdade entre negros
Régis Araújo

O estudo mostra que a população negra desempregada é proporcionalmente maior que a população não-negra. Em 2007, a população economicamente ativa negra era de 3.678 mil pessoas, cerca de 36,1% da força de trabalho da região.

Com o objetivo de marcar a passagem do Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou estudo, na terça-feira (18), revelando que as dificuldades encontradas pelos negros para inserção no mercado de trabalho são significativamente maiores. As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada na Região Metropolitana de São Paulo no ano passado.

O estudo mostra que a população negra desempregada é proporcionalmente maior que a população não-negra. Em 2007, a população economicamente ativa negra era de 3.678 mil pessoas, cerca de 36,1% da força de trabalho da região. Desse universo, 82,4% estavam ocupados e 17,6%, desempregados. Para efeito de comparação, a população não-negra ativa era de 6.511 mil pessoas, com 86,7% ocupadas e 13,3% desempregadas, com uma diferença de 4,3 pontos percentuais.

Qualificação ? Segundo o levantamento, tradicionalmente, os negros entram no mercado de trabalho mais cedo do que os não-negros e permanecem nele por mais tempo. O fato é relacionado, na pesquisa, à menor qualificação profissional, o que leva à auto-ocupação ou ao emprego doméstico. Outro setor em destaque nesses casos é o da construção civil. Em comum, todos eles têm os baixos rendimentos.

O nível de escolaridade dos negros também tende a ser inferior ao dos não-negros. Como se sabe, a escolaridade é especialmente importante por ampliar oportunidades de melhor inserção no mercado de trabalho e de se obter maior remuneração.

Fonte: Dieese

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