Discriminação contra as mulheres é apontado como maior problema enfrentado na sociedade
Jousi Quevedo

Seminário Decisões para a Vida.

Participantes do seminário afirmaram que as mulheres são vítimas de preconceito e não têm as mesmas oportunidades nas instituições e no mercado de trabalho como os homens. O local de trabalho é apontado como o principal lugar onde as mulheres sofrem preconceito.

Jaqueline Sanchotene aponta que muitas vezes as mulheres se impõem uma discriminação. "Temos que nos libertar de uma educação paternalista, há muito preconceito entre as mulheres mesmo", disse. Na política e na cultura, as mulheres também têm que bater o pé para se igualarem e terem os mesmos direitos que os homens.

A questão da mulher no sindicato não é diferente como é possível perceber nos depoimentos, embora a representação feminina nas instituições sindicais esteja aumentando. "Temos, seja o lugar em que estivermos, que matar um leão por dia para sermos respeitadas", diz outra participante.

Um dos poucos homens que estão participando do seminário de manhã afirma que as mulheres às vezes se retraem também. "Às vezes as mulheres se acomodam em relação a dirigir, por exemplo. Eu gosto de ajudar minha mulher e muitas vezes abro mão de ir jogar futebol com amigos", disse o participante, afirmando que quer ter mais colegas mulheres participando e que sejam, inclusive, presidentes de sindicatos.

Nas empresas e mercado de trabalho em geral, as mulheres exercem as mesmas funções, mas as diferenças de salário são grandes. Além das mulheres apresentarem uma tendência a se qualificar e continuar os estudos, os homens se acomodam e mesmo assim ganham mais.

"Essa diferença é uma questão cultural e em casa é a mesma coisa. A mulher foi educada para ser boa esposa, cuidar da casa, das crianças. Essa é a cultura que aprendemos, mas isso vem mudando", falou Sílvia Duarte.

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