Agressão em blitz contra pirataria
Régis Araújo

Um fiscal da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic) foi agredido e ferido durante ofensiva realizada ontem contra camelôs ilegais na área central de Porto Alegre. A resistência à ação, que mobilizou 20 fiscais e 15 PMs, que se dividiram em grupos, resultou na detenção de um vendedor.

Um fiscal da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic) foi agredido e ferido durante ofensiva realizada ontem contra camelôs ilegais na área central de Porto Alegre. A resistência à ação, que mobilizou 20 fiscais e 15 PMs, que se dividiram em grupos, resultou na detenção de um vendedor. Uma das equipes ocupou a praça XV, expulsando os vendedores de DVDs e CDs antes de recolher 5 mil discos de filmes, músicas e jogos pirateados.

Momentos depois, aproveitando o fato de que havia apenas dois fiscais e dois policiais militares no local, alguns ambulantes chegaram de surpresa e um deles atirou um engradado de madeira na cabeça de um dos agentes da Smic. O agressor fugiu e desapareceu no meio das tendas do camelódromo da rua Marechal Floriano Peixoto. A situação ficou tensa.

A fiscalização foi redobrada e novas apreensões ocorreram, incluindo o recolhimento de camisetas com marcas famosas falsificadas. Uma outra equipe de fiscais da Smic e da BM se deslocou, então, até o prédio inacabado conhecido como "QG do Crime", que fica na Marechal Floriano, quase na esquina com a Otávio Rocha.

Vários depósitos clandestinos dos camelôs ilegais foram "estourados" no local, sendo apreendidos mais 5 mil produtos, entre DVDs, camisetas pirateadas, sombrinhas, isqueiros, cigarros, guarda-chuvas, grades de mostruários e outros. Várias carrocinhas de cachorro-quente e lanches estavam guardadas no local, que apresenta péssimas condições de higiene. O mesmo prédio de 19 andares, que está interditado há mais de duas décadas, já tinha sido alvo de megaoperação em 2004.

O chefe de fiscalização da Smic, Léo Antônio Bulling, destacou o incremento das ações nas vésperas do Dia da Criança. Antecipou que, para o feriado de Finados, haverá um trabalho contra os vendedores de flores sem licença ao redor dos cemitérios, que prejudicam quem está habilitado.

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