Vendas de supermercados sobem 6,54% em janeiro
Régis Araújo

As vendas nos supermercados cresceram 6,54% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado, informou ontem a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a dezembro de 2008, principal mês de vendas do setor, o faturamento dos supermercados caiu 22,96%. Os números estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

As vendas nos supermercados cresceram 6,54% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado, informou ontem a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a dezembro de 2008, principal mês de vendas do setor, o faturamento dos supermercados caiu 22,96%. Os números estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com a Abras, o crescimento das vendas em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2008 ocorreu pela manutenção do rendimento médio do trabalhador. Além disso, a entidade destaca que as ofertas e liquidações de janeiro também contribuíram para o aumento das vendas. "Os reflexos da crise ainda não chegaram à mesa dos brasileiros", destacou a Abras, em nota.

Para o presidente da Abras, Sussumu Honda, o crescimento das vendas em janeiro em relação ao ano passado foi muito bom. "O número até nos surpreendeu, já que dezembro havia apresentado só 6% sobre dezembro do ano anterior." Honda comentou que a questão do volume está ligada à do preço, porque de março a julho do ano passado o aumento dos preços das commodities foi muito forte. Isso acabou influenciando no volume.

O valor da cesta de 35 produtos considerados de largo consumo pelo indicador Abras Mercado, como alimentos, produtos de limpeza e de beleza, apresentou alta de 1,34% em janeiro na comparação com dezembro, para R$ 264,16. Em relação a janeiro de 2008, a cesta da Abras teve aumento de 13,88%.

Os produtos da cesta que registraram as maiores altas em janeiro sobre dezembro foram batata (13,39%), carne bovina (4,89%) e açúcar (3,44%), enquanto as maiores quedas foram no tomate (-16,81%), arroz (-2,14%) e sabonete (-2,12%).

Honda justifica a expectativa de estabilização e de manutenção de números positivos também em fevereiro e março, citando a sazonalidade da Páscoa. "E, se houver algum reflexo do desemprego registrado desde dezembro até agora, só devemos vê-lo depois da Páscoa, porque o tempo foi curto ainda", comenta.

IPC-S da Capital tem alta de 0,84%

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal da cidade de Porto Alegre (IPC-S/Porto Alegre) registrou variação de 0,84%, na apuração realizada na quarta e última semana de fevereiro, divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas. O resultado foi 0,05 ponto percentual inferior ao divulgado na terceira semana de fevereiro que foi de 0,89%. Segundo a pesquisa, três das sete classes de despesa componentes do índice registraram desaceleração em suas taxas de variação, entre as quais se destacam os grupos Educação, Leitura e Recreação e Alimentação, cujas taxas passaram de 1,82% para 1,04%, e de 1,05% para 0,80%, respectivamente. A análise desse resultado mostra que as pressões acima da variação média foram exercidas pelos grupos: Transportes, 2,66% e Educação, Leitura e Recreação, 1,04%.

Abaixo da variação média, ficaram os grupos Alimentação (0,80%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,73%), Habitação (0,41%), Despesas Diversas (0,20%) e Vestuário (-0,54%). O núcleo do IPC-S/Porto Alegre registrou variação de 0,51%. Em relação a janeiro, quando a taxa ficou com 0,42%, o núcleo avançou 0,09 ponto percentual. No ano, o indicador apresentou variação de 0,93% e nos últimos 12 meses, 5,36%. Para efeito de cálculo do núcleo, foram excluídos os itens com variações inferiores a 0,15% e superiores a 0,99%.

O IPC-S reduziu a alta em 6 de 7 capitais em fevereiro. A inflação no varejo de São Paulo voltou a mostrar desaceleração pela terceira vez consecutiva. Os preços na capital paulista subiram 0,16% no IPC-S de fevereiro, após apresentarem aumento de 0,29% na terceira prévia do mês passado do índice.

Houve também inflação mais fraca em Belo Horizonte (de 0,12% para 0,04%); Brasília (de 0,15% para 0,07%); Rio de Janeiro (de 0,42% para 0,16%); e Salvador (de 0,45% para 0,03%). Recife manteve o mesmo nível de elevação de preços, com alta de 0,86% no período. Embora todas as cidades contribuam para a formação da taxa do IPC-S, a inflação na cidade de São Paulo é a de maior peso no cálculo.

Fonte: Jornal do Comércio

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