Liquida Porto Alegre 2017 movimenta R$ 1,1 bilhão
Gabriella Oliveira
Máquinas de lavar dentro de uma loja.

Resultado é 9,87% superior ao faturamento obtido no ano passado

A 21ª edição do Liquida Porto Alegre movimentou R$ 1,1 bilhão em vendas - 9,87% a mais do que em 2016. Com número recorde de participantes - 3 mil lojistas -, a maior campanha de promoções do Sul do Brasil ocorreu de 16 a 26 de fevereiro e ofereceu descontou de até 70% em produtos e serviços. O resultado confirma as expectativas do setor.

De acordo com o presidente da CDL Porto Alegre, Alcides Debus, esta foi uma grande oportunidade para os comerciantes fazerem caixa com o restante dos estoques antigos e abrirem espaço para o recebimento de novas mercadorias em seus estoques.

"O grande volume de lojas participantes reflete a vontade que se tem para superar a crise e voltar a prosperar. Os indicadores mostram o crescente retorno da confiança do consumidor e sinalizam para uma retomada no nível de consumo. Acreditamos que teremos patamares normais de vendas do comércio para o segundo semestre deste ano", projeta Debus. Enquete realizada pela entidade junto a consumidores explica os números positivos.

Mais da metade dos entrevistados (54%) afirmou esperar pelo Liquida Porto Alegre para fazer as compras de início de ano, e 41% apontaram um gasto médio entre R$ 50,00 a R$ 100,00 durante este período (36% gastaram entre R$ 100,00 e R$ 200,00). Mais de 600 pessoas puderam consultar gratuitamente a sua situação cadastral no Totem da CDL instalado no contêiner promocional da campanha do Liquida no Largo Glênio Peres, e o site da campanha recebeu mais de 18 mil acessos.

Grupo confirma R$ 75 milhões na ampliação de I Fashion Outlet Novo Hamburgo O grupo Jereissati, dono da Iguatemi, confirmou para a prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, um investimento de R$ 75 milhões na ampliação do I Fashion Outlet, empreendimento comercial localizado à margem da rodovia BR-116.

A confirmação ocorreu pelo presidente do grupo, Carlos Jereissati, acompanhado dos diretores Cláudio A. DallAcqua Jr. e Luciano Mansur. O empreendimento deve gerar 700 empregos diretos durante a obra. Em funcionamento, o novo setor de lojas e a administração direta do Outlet vão gerar 900 novos postos de trabalho.

O projeto de ampliação do Outlet está na prefeitura e tramitará com celeridade para a liberação da obra."O desenvolvimento econômico e a geração de emprego são prioridades absolutas, que estamos trabalhando desde o primeiro dia de governo.

Por isso, já concentramos os esforços para dar celeridade ao processo e aprovar dentro da legalidade no menor tempo possível a ampliação do Outlet", afirma Fátima. O Outlet será ampliado em 12 mil metros quadrados e a obra deve durar 12 meses.

A arrecadação de impostos estimadas anualmente pelo grupo é de R$ 1,666 milhão na esfera municipal, R$ 203 mil na esfera estadual e R$ 671 mil na federal. Endividamento de famílias no Rio Grande do Sul sobe a 68% em fevereiro O percentual de famílias endividadas no Rio Grande do Sul encerrou fevereiro em 68%, puxado pelas faixas familiares que recebem mais que 10 salários-mínimos.

O resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Fecomércio-RS, revela que o indicador registrou alta na comparação com fevereiro/2016 (63,2%) e com janeiro/2017 (65,1%). "O aumento do percentual de famílias endividadas não é algo que possa ser considerado bom ou ruim.

O que acontecer com o percentual de famílias com contas em atraso nos próximos meses vai nos indicar se foi o endividamento voluntário ou o involuntário que aumentou", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

De acordo com a pesquisa, os fatores condicionantes do endividamento voluntário das famílias, como taxas de juros, nível de confiança e restrições de crédito, permanecem contribuindo para conter a formação de novas dívidas. Alguns fatores ao longo do ano vão determinar o ritmo do endividamento entre os gaúchos.

De acordo com a Fecomércio-RS, a perspectiva é que o mercado de trabalho permaneça em deterioração em 2017, resultando no aumento - ou manutenção - dos indicadores de inadimplência. A previsão de queda da taxa de juros, no entanto, pode ser um facilitador na renegociação de dívidas em atraso.

A Peic mostra que a parcela da renda comprometida com dívidas em fevereiro, na média em 12 meses, foi de 31,8%. Já o tempo de comprometimento da dívida no período de 12 meses ficou em 7,7 meses.

O cartão de crédito ainda é o principal meio de dívida dos gaúchos, apontado por 83,8% dos entrevistados, seguido por carnês (24,8%), cheque especial (16,3%) e financiamento de veículos (13,8%).

"O cartão de crédito é um excelente instrumento, mas precisa ser usado com sabedoria. Caso a fatura não seja paga na integralidade, haverá a incidência de taxas de juros altíssimas sobre o valor não pago", pondera Bohn.

O percentual de famílias com contas em atraso em fevereiro (28,8%) praticamente não mudou em relação ao mesmo período do ano passado (28,7%). De acordo com a pesquisa, o processo de desinflação em curso num cenário de salários indexados à inflação passada vem contendo o avanço da inadimplência.

Também os gaúchos que não terão condições de honrar suas dívidas vencidas no prazo de 30 dias teve alta significativa em fevereiro (15,8%) na comparação com fevereiro/2016 (10,1%). Com isso, o indicador apresenta sua 6ª alta consecutiva na mesma base de comparação.

Os dados sinalizam que as famílias estão com muita dificuldade em sair da situação de inadimplência. Visitação em shoppings cresce pelo 2º mês consecutivo O movimento nos shopping centers tem mostrado sinais de recuperação no começo deste ano, com crescimento pelo segundo mês consecutivo.

Em fevereiro, a quantidade de consumidores que passaram por algum centro de compras no País foi 0,98% maior do que no mesmo mês do ano passado. Janeiro foi o primeiro mês com crescimento na visitação após 11 meses seguidos de queda, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) em parceria com a FX Retail Analytics.

De acordo com o sócio-fundador da consultoria Walter Sabini Junior, a alta nacional pelo segundo mês consecutivo é inédita desde o início das medições, em junho de 2015.

"O processo foi iniciado durante o auge da crise, e este crescimento animador é uma tendência natural após a retomada da economia, esperada para este ano de 2017", avalia.

Jornal do Comércio

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