IGP-DI reverte queda e sobe 0,61% em agosto
Jousi Quevedo

Segundo o assessor econômico da Força Sindical-RS, Mário de Lima, a alta não é positiva para o trabalhador.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a apresentar alta, ao subir 0,61% em agosto, após contabilizar queda de 0,05% em julho, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o indicador acumula elevação de 3,52% e, em 12 meses o aumento é de 7,81%. Segundo o assessor econômico da Força Sindical-RS, Mário de Lima, a alta não é positiva para o trabalhador. O IGP-DI é o índice pelo qual os estados brasileiros renegociaram suas dívidas. "O aumento registrado pelo IGP-DI significa menos investimentos e mais desembolso de recursos públicos para pagamento de dívidas", afirma.

Dos três indicadores que compõem o IGP-DI, dois saíram de deflação em julho para inflação em agosto. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que em julho contabilizava retração de 0,13%, no mês passado teve alta de 0,77%. A pressão veio principalmente dos produtos agropecuários, que passaram de queda de 0,31% para alta de 1,64% no período. Embora em menor intensidade, os produtos industriais também registraram aumento de preços, saindo de retração de 0,07% em julho para elevação de 0,46% em agosto.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), por sua vez, avançou 0,40% no mês passado, revertendo a queda de 0,04% no mês anterior. Quatro das sete classes de despesa que compõem o índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para alimentação, que passou de queda de 0,67% para alta de 0,80% no período. O movimento foi puxado por frutas (?1,99% para 7,47%) e carnes bovinas (?0,23% para 1,67%).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou, ao subir 0,13% em agosto, percentual inferior ao 0,45% registrado um mês antes. Os dois grupos que compõem o indicador apresentaram menor ritmo de alta no mês passado. No de materiais, equipamentos e serviços a alta cedeu de 0,30% em julho para 0,22% em agosto, enquanto no de mão de obra, a elevação passou de 0,59% para 0,04% no mesmo período.

Fonte: Força Sindical-RS e Valor Econômico

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