Crise vira argumento para vender mais
Régis Araújo

Em momentos conturbados, há quem defenda a contenção de gastos em publicidade como forma de economizar.

Em momentos conturbados, há quem defenda a contenção de gastos em publicidade como forma de economizar. Mas algumas empresas brasileiras estão aproveitando a crise financeira para chamar a atenção do consumidor com vantagens que contrapõem o pessimismo.

Apostando na idéia de que os ativos imobiliários se tornam mais atraentes em momentos de turbulência das bolsas, a Goldsztein lançou uma campanha chamando os imóveis de ?moeda forte?:

? Estamos percebendo um interesse maior nos ativos imobiliários, o que é comum em momentos de turbulência econômica ? diz Fernando Goldsztein, diretor-presidente da construtora.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) também adotou, na semana passada, o selo ?Imóvel: moeda forte? em peças assinadas pela entidade. A construtora Arquisul foi outra que aderiu ao movimento em anúncios.

Carlos Alberto Aita, presidente do Sinduscon, ressaltou que o slogan já havia sido usado em diversas crises econômicas das últimas décadas.

Empresas prometem manter as condições anteriores

A Volkswagen deu início, no começo do mês, a uma promoção de juros a 0,99% para quem financiar metade do valor do automóvel em 24 vezes. No anúncio, a montadora diz: ?Não importa o que está acontecendo lá fora. Aqui dentro as taxas de juros não mudam?.

? O consumidor está postergando a compra. Queremos trazer (para as lojas) quem estava aguardando ? explica Marcos Ferreira, supervisor executivo de marketing do Banco Volkswagen.

De acordo com o vice-presidente da Associação Riograndense de Propaganda, Mauro Dorfman, anúncios que aproveitam uma circunstância com apelo entre o consumidor têm mais potencial para serem percebidos pelo público.

A rede de informática Philden fez anúncios apresentando a venda de computadores com dólar ?antigo?, ou seja, com valores de antes do disparo da moeda norte-americana. Lucas Onzi, diretor financeiro da rede, afirma que boa parte do estoque foi adquirida com o dólar em baixa, e não havia razão para reajustes imediatos.

Fonte: Zero Hora

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