Consumidor tem medo da inflação
Régis Araújo

medo da inflação e menos otimista sobre a evolução de sua renda, o consumidor brasileiro, apesar do bom momento pelo qual passa a economia, pretende diminuir as compras no final deste ano em relação a 2006, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Com medo da inflação e menos otimista sobre a evolução de sua renda, o consumidor brasileiro, apesar do bom momento pelo qual passa a economia, pretende diminuir as compras no final deste ano em relação a 2006, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A coleta de informações foi feita pelo Ibope com 2.002 eleitores de 142 municípios do país, entre os dias 13 e 18 de setembro.

Segundo a CNI, os consumidores não pretendem comprar tanto no último trimestre deste ano, quanto no fim de 2006. Frente a junho deste ano, o indicador de expectativas de compras caiu 1,3% e recuou 4% na comparação com setembro do ano passado - que captura as expectativas para o fim de 2006. A intenção de compra se aproxima da registrada no final de 2005.

A deterioração nas expectativas de inflação é o maior destaque da pesquisa da CNI, visto que o índice caiu 7,7% na comparação com junho deste ano - o recuo significa maior pessimismo quanto ao comportamento dos preços. Na comparação com setembro de 2006, a queda, e também a expectativa negativa, são maiores ainda: 16,8%. "Essa percepção certamente foi influenciada pelos aumentos de preços ocorridos a partir de junho, sobretudo no setor de alimentos e bebidas", avalia a CNI em nota à imprensa.

A chegada do fim de ano representa a abertura de mais postos de trabalho, mesmo assim os entrevistados se mostraram "ligeiramente pessimistas" para o nível geral de empregos. Entretanto, para o seu emprego propriamente dito, segundo a CNI, a situação é inversa: houve uma pequena melhora na expectativa.

A perspectiva dos entrevistados para o crescimento de sua renda também não está tão positiva quanto a registrada no passado. Está 1,1% menor do que em junho deste ano e 3,1% mais baixa do que em setembro do ano passado.

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