Consumidor já acredita mais na manutenção do emprego e na melhora financeira, revela CNI
Régis Araújo

A confiança dos consumidores quanto à queda do desemprego e à melhora da situação financeira aumentou no terceiro trimestre, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A confiança dos consumidores quanto à queda do desemprego e à melhora da situação financeira aumentou no terceiro trimestre, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor ficou em 4,7% na comparação como o segundo trimestre deste ano. Foi a segunda vez consecutiva que a confiança dos consumidores melhorou. Em comparação a setembro de 2008, porém, ainda é negativo em 0,2%. O mês de setembro do ano passado foi quando os efeitos da crise internacional ainda não tinham grande impacto no Brasil.

Para os técnicos da instituição, isso pode significar aumento de consumo no próximo trimestre. Além desses indicadores, houve melhora no índice de endividamento dos consumidores.

?O aumento de consumo que a gente está vendo deve continuar nos próximos meses?, informou Marcelo Souza Azevedo, analistas de Política Industrial da CNI.

Segundo comunicado da CNI, o crescimento do índice em relação ao segundo trimestre é amplo em todos os componentes, sobretudo nas expectativas de desemprego (o melhor do quadro) e situação financeira. No caso da expectativa de manutenção do emprego, o consumidor agora está mais otimista (9,5%).

O índice acumula crescimento de 28,1% na comparação com o primeiro trimestre e o percentual de entrevistados que acreditam em aumento no desemprego recuou de 70% no primeiro trimestre para 43% no terceiro trimestre de acordo com a pesquisa.

Também melhorou a expectativas dos consumidores com a inflação. O índice cresceu 3,7% na comparação trimestral, acumulando crescimento de 15,4% em relação aos três primeiros meses do ano.

Quanto à própria renda a expectativa dos entrevistados aumentou 3% no trimestre, mas ficou 1,1% inferior ao registrado no terceiro trimestre de 2008. No caso da expectativa quanto à melhora da situação financeira, o indicador passou para 5,9% no trimestre, ficando 0,4% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

O índice de endividamento manteve a trajetória de recuperação já registrada no segundo trimestre com crescimento de 4,3%, acumulando 7,9% no ano. A intenção de comprar bens de maior valor cresceu 3,1% no período, mas manteve-se em queda de 3,8% na comparação como mesmo período de 2008. Segundo Marcelo Souza Azevedo, bens de maior valor são móveis e eletrodomésticos.

No caso da renda pessoal e situação financeira, o analista explica que embora tenha havido melhora, o consumidor ainda está receoso e não vai comprar tanto quanto em 2008. ?Muito embora é possível dizer que o índice está bastante alto e muito próximo ao do ano passado. Só a compara de bens de maior valor que está mais descolado?, disse.

Fonte: Agência Brasil

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