As obras de construção do Centro Popular de Compras (CPC) estão adiantadas, segundo o secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Idenir Cecchim. Cerca de 60% do empreendimento já está pronto e a estimativa de conclusão é para maio deste ano. "Até o final de maio, a estimativa é terminar a obra e, entre junho e julho, promover a transferência dos ambulantes", contabilizou. O titular da Smic estima que as obras estejam adiantadas em torno de 20 dias. Alertou, porém, que as instalações hidráulica e elétrica, assim como os espaços em que ficarão os camelôs, serão mais demorados. "Essas instalações exigem um processo mais meticuloso."
Em março, a estimativa é concluir as passarelas sobre a Júlio de Castilhos. Elas farão a ligação entre a Praça Tamandaré e a Rui Barbosa. De acordo com Cecchim, as passarelas foram necessárias para poder abrigar os 800 boxes. "Caso contrário, não teríamos como colocar os 800 espaços para os ambulantes. Só a Praça Rui Barbosa não seria suficiente", explicou. Além disso, as passarelas irão proporcionar uma melhoria nos terminais de ônibus da região (Tamandaré e Rui Barbosa). "Haverá uma qualificação dos terminais, já que os mesmos serão cobertos. Além disso, a população poderá se deslocar por essas passarelas e não mais pelas vias, com acesso tanto ao CPC como aos terminais de ônibus, o que proporcionará uma maior segurança", acrescentou o secretário.
Com a conclusão do CPC, o chamado Camelódromo, o titular da Smic projeta uma maior acessibilidade ao centro de Porto Alegre. "A população terá maior comodidade e segurança", relatou Cecchim. Além disso, segundo ele, o trânsito terá uma maior fluidez, já que todos os ambulantes localizados na região central, tais como os localizados na José Montaury e na rua dos Andradas, serão transferidos para o CPC. "A Praça da Alfândega não terá mais camelôs, apenas os artesãos. A Rua da Praia será devolvida à população porto-alegrense", frisou. Cecchim lembrou ainda que, com a transferência para o camelódromo, a fiscalização será intensificada para coibir o comércio irregular. "O Centro será outro. Haverá uma nova relação do Centro com o porto-alegrense. As lojas terão seus pontos revitalizados."