Vendas no varejo subiram 12% em março, informa CNDL
As vendas no varejo subiram 12,38% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado e aumentaram 10,22% ante fevereiro, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), com base no levantamento realizado junto com o Sistema de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O resultado de março ante fevereiro é o maior em 12 meses. No primeiro trimestre, houve uma elevação da atividade comercial de 9,16% ante igual período do ano passado.
O resultado do mês passado demonstra, de acordo com a CNDL, a continuidade dos impactos positivos das melhores condições do crédito influenciadas pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, no piso histórico de 7,25% ao ano. Além disso, a entidade destacou a farta oferta de crédito com prestações alongadas e a melhora do mercado de trabalho. "É um crescimento robusto porque a trajetória do comportamento das vendas em 2012 foi toda no azul", avaliou a economista do SPC Brasil, Ana Paula Bastos, em nota à imprensa. Segundo ela, as políticas de incentivo ao consumo são fatores responsáveis pelo crescimento das operações de crédito no comércio varejista.
Já o aumento de fevereiro para março foi atribuído ao fator calendário. Além de contar com dois dias úteis a mais, o mês passado foi beneficiado pela Páscoa, que é uma das datas mais importantes para o faturamento do varejo. O comportamento das vendas é obtido a partir das consultas que os lojistas fazem ao SPC Brasil dos clientes que pagam com cheque ou de forma parcelada.
A inadimplência no comércio varejista subiu 10,58% em março ante o mesmo mês do ano passado, segundo a CNDL. Na comparação com fevereiro, houve um avanço de 3,61% no calote. No primeiro trimestre do ano, a alta foi de 9,68% na comparação com os três primeiros meses de 2012.
O resultado, de acordo com a economista do SPC Brasil, Ana Paula Bastos, era esperado e reflete o aumento das compras não planejadas feitas no final do ano passado, geralmente divididas em parcelas. "Março é historicamente o mês que registra pico no número de contas em atraso por causa, principalmente, das compras de Natal não pagas em função de compromissos obrigatórios neste período do ano, como IPTU e IPVA", explicou.
Fonte: Jornal do Comércio