Trabalhadores colorem Borges de Medeiros na Marcha de Abertura do FST 2012; Sindec-POA integra comitiva da Força
Jousi Quevedo

A convite da Força Sindical, sindicalistas da Nicarágua, Chile, México, Venezuela e Colômbia fizeram o trajeto representando os trabalhadores latino americanos.

A Marcha de Abertura do Fórum Social Temático 2012 Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental agitou a tarde de Porto Alegre e coloriu a Borges de Medeiros até o Anfiteatro Pôr do Sol. Os participantes foram brindados no caminho com uma chuva refrescante que amenizou os mais de 30 graus do verão porto-alegrense. A Força Sindical levou para as ruas o presidente da central no RS, Clàudio Janta, o presidente do Sindec-POA e secretário Nacional de Relações Internacionais da Força Sindical, Nilton Neco, o assessor a nível nacional Ortélio Cuesta, o presidente da Fecomerciários SP, Luís Carlos Motta, diretores gaúchos, lideranças da Fetracos e convidados de países latino americanos.

O presidente Janta saudou os convidados e afirmou que a versão descentralizada do evento elegeu um tema atualizado e urgente para discussão, contando com a participação de trabalhadores e ativistas de vários países. Ele destacou o papel dos trabalhadores no enfrentamento da crise mundial.

"Estamos ajudando um novo mundo possível quando ocorre a inclusão dos trabalhadores. As políticas públicas que os trabalhadores defendem e que pautarão os debates tratam do reajuste do salário mínimo, o fim do fator previdenciário, defesa de uma remuneração digna para os aposentados, a queda dos juros e a redução dos impostos. É isso que ajuda o Brasil a sair da crise. Para nós, porém, importa acima de tudo auxiliar os trabalhadores para que aumentem o poder aquisitivo e melhorem sua qualidade de vida nesta transição. Isto é Trabalho Decente", afirmou o sindicalista.

Porto Alegre e grandes eventos

A movimentação gerada pela Marcha de Abertura e o preparo da cidade como um todo para receber os ativistas estrangeiros para os dias de fórum demonstraram que Porto Alegre tem de alcançar melhores condições para sediar evento maior como a Copa do Mundo. Até esta terça-feira, 90% da rede hoteleira da Capital estava lotada, demonstrando o evidente aumento da procura pelos serviços da cidade. "Se o fórum, em termos de infra-estrutura, fosse um ensaio para a Copa do Mundo estaríamos complicados, pois a expectativa do FST é a de um evento estritamente social e político, não alcançando, como sabemos, apelo geral em função do futebol. Sabemos que a Copa é uma paixão mundial, uma grande festa, que vai atrair turistas. Consideramos que hoje Porto Alegre não se encontra preparada para um evento desta magnitude", criticou.

Obras estruturantes fundamentais não foram iniciadas e a rede hoteleira atual não comportaria um evento como a Copa do Mundo. "O sistema de transporte continua atrasado, com se vê diariamente, assim como o trânsito caótico", citou.

Para o presidente da Força Sindical-RS, estas questões deverão também pautar os debates, visto que, independente dos jogos mundiais, a população é que não conta com serviços eficientes de saúde, educação e infra-estrutura diariamente. "No FST todos os políticos se unem e esperamos que com a vinda de lideranças nacionais a cidade consiga articular a nível municipal, estadual e federal a rápida resolução destas questões", finalizou.

Texto: Josemari Quevedo.

Imagens: Daiana Rodriguês e Josemari Quevedo.

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