Acontecimentos no mercado que afetam os comerciários.
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Supermercados preveem alta de 19% no preço do peru e do chester
por Gabriella Oliveira | Agas aponta mudança em cálculo tributário para justificar aumento muito superior ao previsto para a inflação.
O voo do peru pode até ser baixo, mas o preço irá às alturas neste final de ano. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) prevê reajuste de 19,1% no preço das aves de Natal e Ano-Novo neste ano — o consumidor também terá de encher o peito para encarar a alta do chester. Além dos efeitos esperados da inflação sobre a produção, a razão apontada pela entidade é uma mudança no cálculo tributário implementada pelo governo do Estado no início deste ano, que passou a cobrar imposto sobre uma fatia de lucro maior.
É a chamada Margem de Valor Agregado (MVA), que estima um percentual de lucro sobre a qual incidirá o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, o MVA de aves natalinas passou de 40% para 60%.
— É um exagero. A margem dos supermercados não passa de 20% — garante.
Ou seja, quem pagava R$ 12 o quilo do chester ou do peru no ano passado, neste ano poderá desembolsar quase
R$ 14,50 pelo alimento. A alta é quase três vezes acima da inflação oficial (IPCA) prevista por agentes financeiros para este ano (6,45%).
Bombons também entram no grupo. De acordo com Longo, as guloseimas tiveram elevadas suas MVA a 53%. A reportagem solicitou posicionamento da Secretaria Estadual da Fazenda, mas não obteve retorno.
— Tem alguns alimentos da ceia que são difíceis de substituir, até porque é um impacto eventual no orçamento. Mas o consumidor pode compensar planejando a compra de presentes ou itens para a casa — explica o consultor financeiro Jackson Busato.
Ele recomenda que presentes ou eletrodomésticos sejam comprados após o final do ano, aproveitando o período de promoções. No que for possível, vale antecipar o estoque de alimentos e bebidas, que tendem a ficar mais caros conforme se aproximam o Natal e o Ano-Novo. Apesar do voo do peru e do chester, a média de alta de preço dos itens da ceia ficará abaixo da inflação neste ano, mostra a Agas: 5,5%.
Conforme pesquisa divulgada ontem pela associação, um quinto do valor que irá circular no 13º salário será gasto em supermercados, o que deve elevar as vendas em 6,6% neste final de ano em relação ao mesmo período do ano passado. O gasto médio projetado em supermercados para as festas de R$ 514.
Presentes mais baratos em 2014
O maior endividamento dos consumidores resultará na procura por presentes de menor valor, analisa Longo. O preço médio por presente será de R$ 15. No entanto, os gaúchos estão dispostos a presentear mais pessoas nas festas de 2014: cada entrevistado vai dar um agrado, em média, a seis pessoas — enquanto em 2013 a média era de quatro contemplados com presentes para cada consumidor.
Com relação aos meios de pagamento, os gaúchos estão preferindo pagar à vista: mais da metade dos consumidores apontaram que efetuarão suas compras com dinheiro ou cartão de débito. O pagamento com cheque é um comportamento ultrapassado — menos de 1% dos entrevistados vão pagar desta forma.
Longo negou que os supermercados estejam prevendo uma disparada nos preços até o final deste ano, em razão de um possível reajuste nos preços da gasolina e da correção na conta da energia elétrica.
— Não há espaço para os preços subirem muito. O consumidor tem muitas opções de produtos — diz Longo.
Como economizar na preparação da ceia
— Se for possível antecipar as compras para novembro, preços devem estar mais convidativos, pois a procura é maior em dezembro.
— Tanto as aves, que são congeladas, quanto panetones e frutas secas são itens cuja qualidade não sofre alteração em 30 ou 45 dias.
— A compra de presentes e eletrodomésticos com o 13º salário é mais vantajosa após o final do ano, quando o comércio faz promoções.
— Se estiver endividado, priorize o pagamento de contas com a renda extra de final de ano. E tente fazer uma ceia mais econômica.
Fontes: presidente do Movimento das Donas de Casa e Consumidores do RS, Cláudio Pires Ferreira, e consultor financeiro Jackson Busato
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