Sindicalistas fazem caminhada e participam de audiência pública sobre terceirização
Gabriella Oliveira

O ato foi contra o ataque que a classe trabalhadora está sofrendo com a possibilidade de ampliar o serviço terceirizado.

A Força Sindical-RS se uniu com o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí e com a Federação dos Metalúrgicos, na última quinta-feira (dia 25), em uma manifestação que saiu do Largo Glênio Peres com destino à Assembleia Legislativa do RS. O ato foi contra o ataque que a classe trabalhadora está sofrendo com a possibilidade de ampliar o serviço terceirizado na atividade-fim.

Na ALRS aconteceu uma audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal para debater o projeto que regulamenta a terceirização (antigo PL 4330/04, que agora tramita no Senado Federal como PLC 30/2015), no teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.

O presidente da Comissão e relator do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), coordenou a audiência e enfatizou seu posicionamento contrário à regulamentação da terceirização na atividade-fim.

“A matéria, se aprovada e virar lei, vai precarizar ainda mais as relações de trabalho no Brasil, aumentando a massa de terceirizados e reduzindo o número de trabalhadores protegidos pela CLT”, declarou.

Durante as falas das centrais sindicais, Valcir Ascari, representou o Sindicato dos Metalúrgicos e a Força Sindical-RS.

Ao senador Paim foi entregue um manifesto assinado pela CUT, CTB, ANAMATRA IV, Ministério Público do Trabalho da 4ª Região, Intersindical, CSP – Conlutas, NCST e Força Sindical.

O presidente em exercício da Força Sindical-RS, Marcelo Furtado, ressaltou que o projeto original que trata a terceirização, apresentado onze anos atrás, não especificava pagamento do Fundo de Garantia, INSS, décimo terceiro salário e férias com adicional de 30%. O sindicalista afirmou também que quatro emendas do deputado Paulinho da Força contemplam estes gargalos.

“A Petrobras é um exemplo, tem mais de 360 mil funcionários terceirizados e que não tinham seus direitos garantidos”, declarou Furtado.

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