Sindec mobiliza categoria comerciária e alerta para os riscos da Reforma Trabalhista
Gabriella Oliveira
Dentro de uma farmácia, homem fala e cinco mulheres prestam atenção.

Simultaneamente ao trabalho de mobilização, a diretoria do Sindec está empenhada em garantir uma boa negociação na Campanha Salarial

No dia 11 de novembro começa a vigorar a nova legislação trabalhista aprovada pelo Governo, a famigerada “Reforma Trabalhista” e o trabalho do Sindec-POA para informar a categoria sobre as principais mudanças e a importância de fortalecer as entidades sindicais tem mobilizado os comerciários.

Para o Diretor de Assuntos de Formação Sindical do sindicato, Marcelo Avencurt Furtado, é fundamental alertar os trabalhadores que a Reforma Trabalhista não se restringe apenas ao fato da não obrigatoriedade da contribuição sindical, o que passa a falsa sensação de que será um benefício para o trabalhador. Se colocar na balança, os prejuízos serão bem maiores.

“Estamos visitando a categoria diariamente, conversando com os trabalhadores comerciários, alertando sobre os principais pontos que poderão ser prejudiciais e principalmente conscientizando sobre a importância do sindicato e da convenção coletiva. É um trabalho demorado, mas está surgindo efeito, pois os trabalhadores entendem que precisam da sua entidade forte para continuar a luta”, salienta Furtado.

O diretor de Medicina e Segurança do Trabalho, João Vilmar Pereira, ainda reforça que a atuação do Sindec para garantir avanços, gera benefícios que se estendem a toda a categoria, não somente aos associados. “O aporte financeiro é um aspecto importante sim, pois sem ele a luta enfraquece e os trabalhadores ficam vulneráveis à exploração, precarização de direitos e degradação da saúde e segurança nos locais de trabalho”, finaliza.

Campanha Salarial

Simultaneamente ao trabalho de mobilização, a diretoria do Sindec está empenhada em garantir uma boa negociação na Campanha Salarial da categoria. Neste ano as dificuldades aumentam com a Reforma Trabalhista, por isso o grande trunfo será conseguir manter os direitos já conquistados na Convenção Coletiva que têm beneficiado os comerciários, assim como barrar qualquer tentativa de retrocesso dos direitos e precarização do trabalho, como, por exemplo, a terceirização e a jornada intermitente.

“A reforma trabalhista foi feita por um Congresso comprometido com interesses que não são os mesmos dos trabalhadores, com pontos polêmicos e contraditórios. Independentemente da intervenção do Governo nas nossas negociações, temos que resolver as questões na busca do diálogo, beneficiando sim a manutenção de empregos, porém não se esquecendo de reconhecer o trabalhador”, defende o Presidente do Sindec-POA, Nilton Neco.

A negociação junto aos sindicatos patronais continua e a previsão é de que o acordo, que beneficiará 101 mil 826 comerciários de Porto Alegre, deverá ser firmado antes da validação da Reforma.

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