A segunda edição do Força do Pensamento abordou, durante todo a quinta-feira, o tema do Desenvolvimento Regional. Foram quatro mesas que concentraram acadêmicos, técnicos, políticos e conhecedores do assunto que discutiram quatro subtemas relacionados ao Desenvolvimento Regional: Transversalidade, ações no Rio Grande do Sul, Participação e Qualificação, Emprego e Renda. Durante a manhã, os destaques das palestras foram o secretário municipal de Governança, Cezar Busatto, que falou das experiências na Prefeitura de projetos que buscam desenvolver a cidade sob o prisma do localismo, da solidariedade e de projetos inovadores como o Porto Alegre CC, que insere a cidade em uma plataforma digital para que o cidadão identifique e auxilie na administração municipal. Outro destaque da manhã foi a presença do presidente da Assembleia Legislativa do RS, Adão Villaverde, que também tratou dos projetos de integração na Casa do Povo, em busca do diálogo e do enriquecimento legislativo do Estado.
De tarde, os conhecimentos técnicos e acadêmicos do que há hoje em dia em termos de desenvolvimento regional dominaram os temas em debate. O professor da Ufrgs Pedro Bandeira aliou o desenvolvimento regional ao movimento sindicalista e deu um parecer sobre o futuro das estatísticas no RS. Bandeira aponta uma drástica redução populacional nos próximos anos.
O assessor econômico da central, Mário Lima, afirmou que a iniciativa do Força do Pensamento insere a central, à qual o Sindec-POA é filiado, num outro patamar de instituição sindical.A entidade promove também eventos e não se restringe a ser mera central reivindicatória, oferecendo cultura para a sociedade. Na relação com o trabalho, a ligação do evento é mais direta: "Existe uma relação onde o trabalho é um produto e o preço desse produto é o salário, então nesse modelo da economia o trabalhador é um fator de produção que produz um produto chamado trabalho e vende por um preço que se chama salário. Então a gente tem que mudar essa ideia quando se trata de desenvolvimento, porque o trabalhador também tem que ser visto como consumidor, tem que ser visto como um agente, uma vez que essa governança trabalha com a ideia de participação dos atores sociais e o trabalhador é um ator social. A Força Sindical surge na vanguarda dessa discussão preparando o trabalhador para esses fóruns de participação e de governança para defender seus interesses e um salário melhor, um poder de compra melhor, uma redução da jornada de trabalho e uma distribuição equitativa da produtividade que a economia pode gerar", disse o economista.
O diretor do Sindec-POA Luis Carlos Barbosa fez uma explanação a favor da qualificação profissional e cobrando postura eficaz do governo e da sociedade para que a mão de obra do Brasil seja qualificada e os empregos gerados no país sejam ocupados por pessoas das regiões. Além disso, exigiu instalação de escolas técnicas de acordo com a aptidão das regiões.
Os diretores do sindicato entregaram os certificados aos palestrantes.
O 3° Força do Pensamento já está sendo programado, aguarde informações por aqui.