RS tem 4 mil notas falsas a cada mês
Régis Araújo

O Rio Grande do Sul é o quarto Estado brasileiro com o maior número de notas de dinheiro falsas em circulação, conforme estatísticas do Banco Central (BC). Informações do BC apontam que o total de notas falsas aumenta de acordo com a atividade econômica.

O Rio Grande do Sul é o quarto Estado brasileiro com o maior número de notas de dinheiro falsas em circulação, conforme estatísticas do Banco Central (BC). Informações do BC apontam que o total de notas falsas aumenta de acordo com a atividade econômica. Tanto que, em relação à quantidade de dinheiro falsificado, o RS fica atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com uma média de 4 mil cédulas falsas a cada mês.

Manoel Jorge Novo, do setor de Meio Circulante do BC em Porto Alegre, explica que, em termos de valores, a nota mais falsificada no país é a de R$ 50,00, enquanto nos Estados Unidos é a de 20 dólares. "A nossa nota de R$ 20,00, produzida a partir de 2002, tem a faixa holográfica, que dificulta a falsificação", diz. Tanto os especialistas do Banco Central quanto os da Polícia Federal destacam que, além das dificuldades em clonar notas de R$ 20,00, a nota de R$ 50,00 é a mais visada pelos falsificadores por outros motivos. Primeiro porque, como as notas de R$ 100,00 são raras, a colocação de cédulas falsas desse valor é mais arriscada, pois as pessoas tendem a conferi-las de imediato. Já a confecção de cédulas de R$ 10,00 ou menos não vale a pena.

A orientação do BC para quem suspeita estar recebendo uma nota falsa é que a devolva imediatamente caso esteja diante de outra pessoa física ou em um ponto comercial. Se a nota vier de um caixa eletrônico, a orientação é para que a pessoa obtenha na mesma máquina um extrato e procure o gerente da agência. "Se ele não der a solução devida, a pessoa pode abrir boletim de ocorrência na Polícia Federal ou delegacia", destaca Novo. Conforme os registros da PF, os falsificadores preferem distribuir as cédulas falsas à noite, em festas, pois a iluminação é deficiente e as pessoas não se preocupam em conferi-las.

Novo lembra ainda que o Banco Central promove cursos e palestras gratuitos sobre como identificar células não verdadeiras. Os contatos para agendamentos podem ser feitos diretamente pelo telefone (51) 3215-7381. O BC, porém, não troca cédulas falsas, sob a alegação de que elas não têm valor.

Fonte: Correio do Povo

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