Em média, os ovos Páscoa ficaram 6,78% mais caros em comparação com o mesmo período do ano passado, superando a inflação acumulada entre abril de 2013 e março deste ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, que alcançou 6,09%. Em Porto Alegre, o preço do produto subiu 7,70%, segundo pesquisa do Ibre, divulgada hoje.
Das sete capitais pesquisadas, Porto Alegre foi a mais aumentou o preço, seguida de Belo Horizonte (7,57%). No sentido inverso, as cidades que apresentaram menor crescimento de preço no produto foram Salvador (6,25%) e Brasília (6,31%). Nas demais capitais, o incremento alcançou 6,99% (Recife); 6,51% (São Paulo); e 6,35% (Rio de Janeiro).
Ingredientes mais caros contribuíram para o aumento
O aumento dos preços dos insumos básicos cacau (que subiu mais de 50%), leite (16%) e açúcar (10%), contribuiu para elevar os preços dos ovos, disse o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).à Agência Brasil, nesta terça-feira,
– Com os insumos básicos mais caros, esses produtos vão atrás – disse André Braz.
Segundo ele, o apelo emocional também contribui para a elevação dos preços, uma vez que se trata de um produto diferenciado que muitas famílias gostam de utilizar na confraternização da Páscoa.
– De fato, ele (o ovo de Páscoa) registra, anualmente, uma alta próxima da inflação dos últimos 12 meses. E 2014 não está sendo diferente. A variação acumulada pelo produto encosta na inflação, em termos médios e, em algumas cidades, essa alta é até superior – comentou André Braz.
O economista destacou que à medida em que o feriado da Semana Santa se aproxima, o preço dos ovos pode subir um pouco mais.
– Esses preços flutuam um pouco, até para baixo, em função da própria demanda. Se a resposta do consumidor aos preços colocados for boa, isso diminui a ocorrência de promoções e pode, até, encarecer o produto.
Na média nacional, o produto que registrou a maior alta em comparação à Páscoa de 2013 foi o ovo de 50 gramas (7,76%).
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