Porto Alegre terá mais 125 PMs em Operação Papai Noel
Gabriella Oliveira
Policial parado entre duas viaturas da Brigada Militar.

Até o final do ano, as áreas comerciais das principais cidades do Estado terão efetivo da Brigada Militar ampliado.

Trata-se da Operação Papai Noel, realizada há mais de 20 anos, que visa coibir furtos e roubos à população que vai às lojas fazer compras no período natalino. A edição de 2015 foi iniciada ontem. Em Porto Alegre, o aporte financeiro destinado a horas extras permitirá a ação de mais 125 homens ao dia, especialmente no Centro. O número é inferior ao registrado no ano passado, de 200 policiais militares a mais. O efetivo se deslocara a pé, de moto e com viaturas. No total, o governo do Estado liberou R$ 2,7 milhões para a operação em todo o Rio Grande do Sul.

Segundo o chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Mario Iukio Ikeda, a Brigada Militar espera que o aumento do efetivo garanta a segurança de toda a população. “A expectativa é grande. Fizemos todo um esforço para termos um grande aporte de efetivo nas ruas. Hoje, temos a Operação Força Tática em andamento e direcionaremos as ações dessa operação também para a Operação Papai Noel, de modo que tenhamos um Natal mais seguro em relação aos anos anteriores”, informa. Os 125 policiais militares da Operação Papai Noel se somam aos 100 da Operação Força Tática.

Vigente há dois meses, a Operação Força Tática do CPC já prendeu 297 pessoas e apreendeu 30 menores infratores. Além disso, a corporação retirou das ruas 79 armas, 1.714 munições, 36 quilos de maconha, 4 quilos de crack e 1,7 quilo de cocaína. Mais de R$ 48 mil provenientes do tráfico de drogas foram apreendidos. Esse resultado advém da abordagem a 15 mil pessoas e 5,9 mil veículos. Desses, 74 automóveis foram recolhidos, e 40, recuperados.

O principal problema enfrentado pela corporação atualmente, conforme o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas Moreira, é o rápido retorno dos detidos para as ruas. “As polícias como um todo têm feito a parte delas. A Brigada Militar, no policiamento ostensivo, e a Polícia Civil, na investigação. O que acontece é que a fila do crime não termina nunca. É preciso prender essas pessoas e elas continuarem presas, ou passarem por um tratamento que as recupere, as encaminhe de uma maneira que não voltem para o crime”, pondera.

Atualmente, o trabalho da Brigada Militar é, principalmente, um retrabalho, na opinião do comandante-geral. “Precisamos lidar todos os dias com a frustração dos brigadianos, para que eles se mantenham trabalhando e esperando que, um dia, tenhamos realmente ações efetivas, que gerem redução”, lamenta.

A definição dos locais e horários de atuação dos policiais militares na Operação Papai Noel ocorreu conforme estudo do comandante de cada região. “Temos um programa no qual gerenciamos as ocorrências, além de um mapeamento da criminalidade em todo o Estado, em especial nas principais cidades onde a situação é mais grave. Se o brigadiano está ali, é porque houve um estudo apontando que ali está havendo problemas, e a presença ostensiva da Brigada Militar é necessária para reduzir, no mínimo, os indicadores”, destaca o comandante Freitas.

Fonte: Jornal do Comércio

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