Planalto decide adiar reforma trabalhista para 2º semestre de 2017
Durante almoço com deputados federais em Brasília, na quinta-feira 15, o presidente Michel Temer anunciou a decisão de criar uma Câmara Setorial da qual farão as centrais sindicais e entidades empresariais. O objetivo será o de discutir, nesse ambiente formal, todos os temas ligados às relações de trabalho.
Essa decisão do presidente acaba com os boatos e balões de ensaio em torno da reforma trabalhista", disse ao BR: o presidente da central Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. Deputado federal e presidente do partido Solidariedade, Paulinho participou do encontro com Temer ao lado de outros líderes partidários que representam o chamado ‘Centrão’ – um bloco com cerca de 200 deputados federais que vai se mostrando o fiel da balança nas principais votações da Câmara.
O governo entendeu que o envio de uma reforma trabalhista atabalhoada, feita sem o devido aprofundamento do debate, só iria prejudicá-lo na tramitação de uma série de projetos importantes", avaliou Paulinho. "Muitos deputados têm sofrido pressões de suas bases pela manutenção dos direitos sociais. Uma reforma trabalhista com perda de direitos, enviada agora, seria muito ruim para o governo", completou.
A criação de uma Câmara Setorial entre trabalhadores e empresários, ao contrário, terá o efeito de organizar o debate e criar uma ambiente bastante favorável para a modernização das relações de trabalho.
Poderemos fazer uma discussão transparente, apresentar nossas reivindicações, ouvir ou outro lado, buscar consensos e soluções que apontem para a superação da crise com a geração de empregos", frisou Paulinho. "Nessas Câmaras Setoriais, assuntos como o Plano Nacional de Renovação da Frota Automotiva, de alto potencial para o reerguimento da maior cadeia produtiva da indústria nacional, poderão avançar com rapidez", assinalou o sindicalista e parlamentar.
Brasil 2 pontos