PIB cresce 1,9% no 2º contra o 1º trimestre de 2009
Régis Araújo

Na mesma comparação, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal1, o maior destaque foi a indústria (2,1%), seguida pelos serviços (1,2%). A agropecuária apresentou variação negativa de 0,1%.Na comparação com o segundo trimestre de 2008, o PIB registrou queda de 1,2%, resultado da retração de 0,9% no valor adicionado a preços básicos e da redução de 2,8% nos impostos sobre produtos. Dentre as atividades, destacaram-se, nesse confronto, os serviços (2,4%). Por outro lado, a indústria caiu 7,9%, e a agropecuária teve redução de 4,2%.

Nos quatro trimestres (12 meses), o PIB apresentou crescimento de 1,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já no acumulado no ano (1º semestre de 2009), o PIB caiu 1,5%, em relação a igual período de 2008, sendo que, somente os serviços cresceram (2,1%), enquanto a indústria (-8,6%) e a agropecuária (-3,0%) caíram.

Em valores correntes, o PIB, no segundo trimestre de 2009, alcançou R$ 756,2 bilhões.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano, em relação aos componentes da demanda interna, o crescimento da despesa de consumo das famílias foi de 2,1%. Já a despesa de consumo da administração pública registrou variação negativa de 0,1%. A formação bruta de capital fixo (FBCF, o mesmo que investimento planejado) permaneceu estável, sem variação. No setor externo, tanto as exportações como as importações de bens e serviços apresentaram crescimento, de 14,1% e 1,5%, respectivamente.

Despesa de consumo das famílias aumenta pelo 23º trimestre consecutivo

Ainda em relação ao segundo trimestre de 2008, pelo lado da demanda interna, a despesa de consumo das famílias alcançou a taxa positiva de 3,2%, 23º crescimento consecutivo nessa base de comparação. Um dos fatores que contribuíram para o resultado foi o comportamento da massa salarial real3, que cresceu 3,3% no segundo trimestre de 2009. Além disso, houve aumento de 20,3%, em termos nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas4.

A despesa de consumo da administração pública cresceu 2,2% nesse confronto, enquanto a formação bruta de capital fixo teve decréscimo de 17,0%, o maior nessa base de comparação desde o início da série, em 1996, explicado, principalmente, pela redução da produção interna de máquinas e equipamentos. Pelo lado da demanda externa, tanto as exportações (-11,4%) quanto as importações (-16,5%) de bens e serviços continuaram em declínio.

Pela ótica da produção, só indústria tem taxa negativa no acumulado em 12 meses

No acumulado nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2009, o PIB cresceu 1,3%, em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, com elevação de 1,2% do valor adicionado e de 1,6% nos impostos sobre produtos. Nessa comparação, os serviços cresceram 3,1%; a agropecuária, 0,2%; e a indústria caiu 3,0%.

O gráfico a seguir, da evolução do PIB acumulado em quatro trimestres desde 1996, mostra como, após elevação de 3,3% no segundo trimestre de 2006, houve um aumento progressivo da taxa, que chegou a 6,3% no terceiro trimestre de 2008, recuando para 1,3% no segundo trimestre de 2009.

No 1º semestre de 2009, o PIB registra queda de 1,5%

No primeiro semestre de 2009, o PIB caiu 1,5%, em relação a igual período de 2008, com crescimento apenas entre os serviços (2,1%) e quedas na indústria (-8,6%) e agropecuária (-3,0%).

Todas as quatro atividades da indústria apresentaram taxas negativas na comparação semestral, sendo a maior redução na indústria de transformação (-11,2%), seguida pela construção civil (-9,6%); eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-4,1%); e indústria extrativa (-0,9%).

Nos serviços, as maiores elevações foram em outros serviços (7,2%); instituições financeiras e seguros (7,0%); serviços de informação (6,1%); administração, educação e saúde públicas (3,0%); e serviços imobiliários e aluguel (1,5%). Já transporte, armazenagem e correio (-5,4%) e comércio (-5,0%) apresentaram quedas.

Na análise da demanda interna da comparação semestral, destacam-se os crescimentos de 2,5% da despesa de consumo da administração pública e de 2,3% na despesa de consumo das famílias. A formação bruta de capital fixo, por sua vez, caiu 15,6%. Analisando-se o setor externo, as importações (-16,3%) e a exportações (-13,1%) de bens e serviços tiveram quedas.

Em valores correntes, PIB fecha 2º trimestre em R$ 756,2 bilhões

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2009 ficou em 15,7% do PIB, inferior à do mesmo período do ano anterior (18,5%). A taxa de poupança ficou em 15,0%.

Fonte: IBGE

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